A Polícia Militar encontrou, na segunda-feira (7), alguns dos itens do acervo de Jorge Amado, que foram furtados dentro da casa onde o escritor morou até os 18 anos, em Ilhéus, no sul da Bahia. O crime aconteceu na sexta (4) e ninguém foi preso até a manhã desta quarta (8).

O imóvel é um espaço de visitação, que foi interditado pela prefeitura, em janeiro deste ano, para passar por uma restauração. Desde então, a maior parte das peças do acervo do artista estão em exibição no Teatro Municipal, localizado a poucos metros da residência, no Centro da cidade.

O material inclui livros de autoria de Jorge Amado, além de esculturas e móveis que pertenciam ao autor e à família dele.

De acordo com a PM, os materiais foram encontrados por equipes da 68ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), em uma área externa próxima do imóvel. Veja a lista abaixo:

  • Um conjunto de short e blusa;
  • Uma boina;
  • Um relógio;
  • um cinto;
  • Uma televisão.

O grupo que cometeu o crime ainda danificou todas as portas do 1° andar do imóvel e quebrou alguns vidros que estavam no local. O caso é investigado pela delegacia de Ilhéus.

Em entrevista, a secretária de Cultura, Anarleide Cruz Menezes, informou que um comitê para obras emergenciais seria montado, com representantes da Prefeitura e de outras secretariais municipais, para entregar a reforma o quanto antes. No entanto, a previsão para o fim do serviço não foi revelada.

Até a interdição da casa, a visitação custavam R$ 5. Agora, enquanto as obras ficarem no Teatro Municipal, os fãs e turistas podem ver o material gratuitamente. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, de 9h às 17h.

A Casa de Jorge Amado

Localizada no Centro de Ilhéus, a casa foi construída na década de 1820 . O imóvel possui um teto com pintura italiana, revestido com madeira de jacarandá, além de um lustre da década de 1960.

Durante a visitação, os turistas podiam subir uma escada em estilo colonial que os levavam para outros espaços da casa cheios de lembranças do escritor. Entre eles, o quarto dos pais do escritor, João Amado de Faria e Eulália Leal.

No local funcionava uma sala de projeção com mais sobre a história de Jorge Amado. Também era possível conhecer objetos pessoais e um painel que conta a trajetória de toda família, desde 1911, quando os pais do baiano se casaram, até 6 de agosto de 2001, quando ele morreu.

Fonte: G1 / Foto: Reprodução


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