O Bahia conquistou um importante empate em 1 a 1 com o The Strongest, na noite desta terça-feira (18), no estádio Hernando Siles, em La Paz, pela segunda fase da CONMEBOL Libertadores. O resultado foi o melhor de um clube brasileiro na altitude boliviana desde 2017 pela Libertadores.
Após a partida, o técnico Rogério Ceni elogiou o desempenho dos jogadores, destacando as dificuldades impostas pela altitude e a vantagem numérica após a expulsão de um adversário.
"É louvável o comprometimento dos jogadores em aguentar firme. Nós já vimos tanta gente vir aqui e sucumbir. Claro que o 10 contra 11 influenciou bastante no nosso controle de jogo. Demoramos um pouco para encontrar o timing para sair de trás, recuamos muito a bola e ela chega mais pesada nos pés dos nossos jogadores na altitude. Poderíamos ter encaixado melhor a saída e controlado mais lá na frente, mas não é fácil. Se analisarmos pela expulsão, acho que realmente poderíamos ter vencido. Se você analisar antes de sair de Salvador para vir para cá, diante do que a maioria dos clubes brasileiros apresenta, foi um bom resultado. O jogo de volta vai ser outro jogo difícil, e vamos lutar pela classificação", afirmou o treinador.
Escolhas táticas e desempenho individual
Ceni optou por escalar Marcos Felipe no gol e Ramos Mingo na lateral esquerda, deixando Danilo Fernandes e Luciano Juba no banco. Com isso, o Bahia atuou com uma linha de três zagueiros na fase ofensiva, utilizando Gilberto pelo meio na saída de bola no primeiro tempo.
"Eu tinha que manter a altura do time, por isso os três defensores. Acho que Gilberto poderia ter rendido um pouco mais pelo meio. Criamos chances no primeiro tempo. No segundo, precisávamos manter a amplitude e ter mais presença na área. Essa foi a única maneira de manter Willian José e Lucho sem perder amplitude, com Juba e Pulga pelos lados. Gilberto é um ótimo jogador, foi bem por dentro contra o América. Hoje faltou conectar mais, girar mais rápido. O ar rarefeito prejudica a atuação de todos", explicou Ceni.
Sobre a escolha de Marcos Felipe como titular no gol, o treinador justificou a decisão, mas não garantiu a permanência do arqueiro na posição.
"A decisão se baseia na parte técnica, pelo relatório dos cinco dias de treinamento. Danilo tem mais experiência e malandragem para sustentar o jogo. O Marcos tem mais agilidade. Nada impede que o Danilo jogue o outro jogo. Para hoje, achei que o correto era usar o Marcos", declarou.
Ceni também fez elogios ao jovem atacante uruguaio Luciano Rodríguez, que jogou os 90 minutos e se destacou na partida.
"O Lucho vem crescendo a cada dia. É um menino nota dez como pessoa. Um cara que luta e se dedica por todos. Ele está ganhando mais confiança, e a gente vem admirando cada vez mais. Está crescendo tecnicamente. É o lado invertido do Willian. Precisa evoluir ainda mais, mas fisicamente é um nove diferente de tudo que já vi. Uma grata surpresa, com evolução fantástica. Um jogador que se escala por si só pela vontade e desejo que tem", ressaltou.
Planejamento para os próximos jogos
O técnico também projetou a partida de volta contra o The Strongest e confirmou que utilizará a base na partida do próximo fim de semana contra a Juazeirense, pelo Campeonato Baiano.
"A gente sabia que ia chegar cansado no fim do jogo. Teve essa variável da expulsão que facilitou um pouco, mas tivemos o controle do jogo e posse de bola. Agora vamos analisar a recuperação dos jogadores, muitos nunca tinham jogado na altitude. Para o fim de semana, a maioria ficará fora. Um grupo vai se preparar para o Baiano e outro para terça-feira. Temos que ganhar também no estadual para ter vantagem. Vamos nos virar com a base, como temos feito. E na terça-feira não será um jogo fácil. Contamos com o apoio da torcida para vencer", concluiu.
O duelo decisivo entre Bahia e The Strongest será na próxima terça-feira (25), na Casa de Apostas Arena Fonte Nova. Com ingressos esgotados, o Tricolor precisa de um triunfo simples para avançar à terceira fase da Libertadores.
Fonte: Bahia Notícias / Foto: Letícia Martins
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