PGR deve apresentar denúncia contra Bolsonaro até o carnavalO ex-presidente Jair Bolsonaro deve ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) até o final do mês de fevereiro, próximo do carnaval. A avaliação é a mesma de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), que estiveram presentes na sessão solene de abertura do Ano Legislativo, no Congresso Nacional na última segunda-feira (3). De acordo com o jornal O Globo, no entanto, nenhum novo material deve ser entregue à Corte nesta semana.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, tem afirmado a interlocutores de forma reservada que o caso exige muita atenção e que nada deve ser feito com pressa para evitar que suspeição ou arquivamento do inquérito. Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciadas em novembro do ano passado pela Polícia Federal.
De acordo com o inquérito, ex-presidente tinha envolvimento direto em uma trama golpista que tinha como objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República após as eleições de 2022.
Segundo a publicação, o procurador-geral da República tem feito análises e ajustes em parte do conteúdo que vem sendo elaborado a partir do material de mais de 880 páginas produzido pela PF. Caso seja necessário complementar algo que a polícia não tenha enviado, interlocutores da Procuradoria sinalizam que um eventual aditamento da denúncia pode ser realizado e que não há prejuízo ao núcleo central do que está sendo analisado no atual momento.
Uma eventual denúncia apresentada pela PGR fará com que o caso seja remetido ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo e, depois, apreciado pela Primeira Turma. No relatório de 884 páginas que encaminhou ao STF no final do ano passado, a PF afirma que Bolsonaro "planejou, atuou e teve domínio de forma direta e efetiva" em um plano de golpe de Estado para mantê-lo no poder no fim de 2022.
Além do ex-presidente, a PF indiciou generais como Braga Netto, que foi ministro da Defesa e da Casa Civil, e atualmente está preso, Augusto Heleno, ex-Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Paulo Sérgio Nogueira, que foi ministro da Defesa e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.
Fonte: Bnews / Foto: Valter Campanato
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