O caso envolvendo as mortes de Gabriel Santos Costa, 17 anos, e Haziel Martins, 19, executados à queima-roupa, no dia 1º de dezembro do ano passado, no Alto de Ondina, em Salvador, ganhou um novo desdobramento.
Segundo Otto Lopes, advogado de defesa do policial militar Marlon da Silva Oliveira, apontado como responsável pelo assassinato da dupla, imagens de câmeras segurança da Secretaria da Segurana Pública mostram que os jovens estavam em posse de arma. "Essas imagens mostram que os dois meliantes estavam armados. Eles deram voz de roubo ao policial numa tentativa de assalto. Um deles escondeu a arma. Depois, no amanhecer do dia, comparsas foram buscar a arma no mesmo local deixado por eles. Agora, vamos aguardar a Justiça analisar o nosso pedido de liberdade com essas imagens que a própria delegada que juntou", disse Otto ao Bnews.
Quando se apresentou à Polícia Civil, no dia 8 do mesmo mês, o PM alegou ter agido em legítima defesa, entretanto, mesmo com essa justificativa, a delegada Zaira Pimentel, responsável pelas investigações, decidiu pedir a prisão preventiva do suspeito. O primeiro pedido foi negado pela Justiça, mas foi aceito na segunda representação.
Na época, a delegada pontuou que as investigações ainda eram prematuras para tratar o caso como execução. "Seria muito temerário da minha parte informar, de imediato, que se trata de uma execução porque o inquérito, a investigação ainda está em fase embrionária. Como eu volto a dizer, um vídeo só, não é elemento de prova o suficiente para um indiciamento e, por consequente, uma condenação. Há todo um conjunto de elementos de prova que serão construídos no curso dessa investigação", disse Zaira durante entrevista coletiva no dia 3 de dezembro.
Fonte: Bnews
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