No início deste ano, a BYD e as três empresas contratadas para a construção da fábrica da montadora em Camaçari (BA) informaram que todos os 163 trabalhadores chineses resgatados de condições análogas à escravidão retornarão ao seu país de origem.

De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), as empresas se comprometeram a enviar ao órgão os documentos que comprovam o pagamento dos direitos trabalhistas e o custeio da viagem de volta para os trabalhadores.

Durante o 8º Encontro de Prefeitos da Bahia, realizado nesta quarta-feira (29), o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), Augusto Vasconcelos, comentou sobre as condições de trabalho na obra da fábrica da montadora.

“Na BYD, temos cobrado a efetivação de direitos, assim como em todas as empresas. Sabemos que o trabalho degradante viola os direitos humanos, e a nossa secretaria tem acompanhado essa situação. Haverá um termo de conduta a ser firmado com a BYD relacionado aos trabalhadores que atuaram na construção da fábrica. A BYD não rescindiu o contrato com a empresa envolvida no caso, mas haverá a contratação de uma nova empresa, que seja nacional e priorize a mão de obra local. Também estamos em fase avançada de diálogo com a BYD para lançar um robusto programa de qualificação profissional. No ano passado, qualificamos mais de 500 profissionais”, afirmou o secretário.

Vasconcelos também revelou que está sendo articulada com a montadora a criação de mais de 2 mil novos postos de trabalho até 2027.

“A perspectiva é gerar mais de 2 mil postos de trabalho em dois anos, uma grande oportunidade para o estado da Bahia. A diretoria da empresa está em diálogo direto conosco e com o Ministério do Trabalho para que possamos aproveitar esse bom momento da economia brasileira e atrair essas oportunidades, garantindo mão de obra qualificada para o estado”, destacou o secretário.

Fonte: Bnews / Foto: Devid Santana

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