Antes de acabar o ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocará ministros para uma nova reunião no Palácio do Planalto, até o início de dezembro.

A decisão surge a partir de um conjunto de fatores que preocupam Lula – desde o resultado pífio da esquerda nas eleições municipais ao avanço da desaprovação do governo em pesquisas recentes.

O presidente deve, mais uma vez, cobrar de ministros que atuem para melhorar a imagem do governo e propagar programas – não apenas aqueles de suas respectivas pastas.

Além de exigir um balanço sobre 2024, Lula busca estratégias para se preparar para entregas nos próximos dois anos, que pavimentem caminho para a reeleição.

A ideia no Planalto é que os ministros se comprometam, desde agora, a atuar pela disputa política em 2026.

O petista ainda quer medir o comprometimento de partidos aliados no processo e cogita mudanças pontuais para acomodar indicações que possam fortalecê-lo para a próxima disputa presidencial.

Apesar de mudanças na Esplanada dos Ministérios serem dadas como certas no início de 2025, aliados de Lula alertam que a melhoria dos números do governo será crucial para evitar uma debandada de partidos de centro a uma candidatura de direita.

Sem Bolsonaro, esse campo político disputa entre si por uma indicação mais próxima da centro-direita, a exemplo dos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), do Paraná, Ratinho Jr (PSD), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A última reunião de Lula com ministros ocorreu em agosto, quando o presidente mencionou a prerrogativa dele de alterar a composição ministerial.

Se eu tiver que trocar alguém, vou trocar. Mas não estou pensando nisso. Em time que está ganhando não se mexe, disse Lula na ocasião.

Fonte: CNN / Foto: Reprodução

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