Um advogado foi preso nesta terça-feira (26), em Feira de Santana, cidade a 100 km de Salvador, por suspeita de participar da destruição de provas de uma investigação da Polícia Federal. As provas destruídas estão relacionadas a Operação El Patrón, que investiga o deputado estadual Binho Galinha e três PMs por suspeita de formação de um grupo miliciano. 

A operação da Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público Estadual e a Força Correcional Integrada ainda cumpriu dois mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão domiciliar e cinco mandados de busca e apreensão em Feira de Santana e em Serrinha, cidade que fica 180 km de Salvador.

De acordo com a Polícia Federal, o advogado preso nesta terça representa um dos presos na El Patrón, que não teve o nome divulgado. Em visita ao cliente na unidade prisional, eles teriam combinado de destruir provas que estavam armazenas em meio digital.

A Polícia Federal afirmou que ainda não consegue mensurar o estrago causado pela destruição das provas.

Após investigações, o advogado teve o mandado cumprido na própria casa, nesta terça, em Feira de Santana. Além disso, um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido no escritório dele, na mesma cidade.

Um outro mandado de prisão foi cumprido contra um policial militar, que já estava preso devido ao cumprimento de um mandado de prisão na Operação El Patrón. Ele também teria participado do esquema de destruição de provas.

O terceiro mandado de prisão não foi detalhado, enquanto o mandado de prisão domiciliar está relacionado a esposa de um dos presos na El Patrón. Por ter um filho menor de 11 anos, a suspeita ficará em casa.

A Operação El Patrón foi deflagrada em dezembro de 2023 e tem como um dos alvos o deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha. Ele foi apontado como chefe de uma milícia responsável por lavagem de dinheiro em Feira de Santana.

Na época, foram cumpridos:

  • 10 mandados de prisão preventiva;
  • 33 mandados de busca e apreensão;
  • bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados;
  • sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais;
  • suspensão de atividades econômicas de seis empresas.

Fonte: g1

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