O homem suspeito de matar o motociclista por aplicativo Kevin Pereira Piedade, de 24 anos, durante um assalto, foi preso nesta segunda-feira (30), em Salvador. O crime ocorreu um mês atrás, em 29 de agosto, no bairro Sete Portas.
Segundo informações da Polícia Civil, a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV) cumpriu o mandado de prisão preventiva, expedido pela 14ª Vara Criminal da Comarca de Salvador. Com isso, o suspeito de latrocínio está custodiado e à disposição da Justiça.
O homem suspeito de matar o motociclista por aplicativo Kevin Pereira Piedade, de 24 anos, durante um assalto, foi preso nesta segunda-feira (30), em Salvador. O crime ocorreu um mês atrás, em 29 de agosto, no bairro Sete Portas.
Segundo informações da Polícia Civil, a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV) cumpriu o mandado de prisão preventiva, expedido pela 14ª Vara Criminal da Comarca de Salvador. Com isso, o suspeito de latrocínio está custodiado e à disposição da Justiça
Ele falou: 'Não me mate, eu tenho filhos para criar', mas eles não falaram nada, só meteram bala.
O cliente de Kevin escapou do assalto porque tinha voltado para o restaurante onde estava para pegar uma garrafa de água, que havia esquecido na mesa.
Quando ele estava descendo, minha mãe falou assim: 'Volte aqui e pegue a garrafa de água'. Nesse intervalo que ele voltou, foi a hora que ouvimos os tiros, disse a testemunha.
O corpo de Kevin Pereira foi enterrado no Cemitério Ordem 3ª de São Francisco, na Baixa de Quintas. Ele era pai de dois bebês, gêmeos, de apenas 6 meses.
No dia seguinte, 30 de agosto, mototaxistas fizeram um "buzinaço" em frente ao Shopping da Bahia. Usando balões brancos, eles pediam por justiça e mais segurança no trabalho.
Tricolor, trabalhador e engraçado
Durante o protesto, os amigos de Kevin Pereira o definiram com um jovem que gostava de fazer as pessoas rirem, trabalhador e fanático pelo time do coração: o Esporte Clube Bahia.
Kevin Pereira também comemorava o nascimento dos dois filhos, gêmeos, nascido há seis meses. Ele começou a trabalhar como motorista por aplicativo há cerca de um ano, quando foi demitido da empresa em que trabalhava como auxiliar de almoxarifado e gastou o dinheiro da rescisão para comprar a motocicleta.
O motociclista, irmão mais velho de três filhos, saía de casa todos os dias às 5h30 e só retornava para casa quando o movimento acabava. O jovem juntava dinheiro para pagar as parcelas restantes e o seguro da motocicleta.
Ele era trabalhador, não merecia isso. Não trabalhava no Derba, nem na Suburbana por medo de ser assaltado, contou a esposa de Kevin, Taisa Santos.
Taisa, que tinha um relacionamento com Kevin há quatro anos, contou que tentou falar com o marido por volta das 16h, mas ele não atendeu o celular. Por volta das 18h30, um desconhecido atendeu a ligação e deu a notícia do assalto.
Um morador atendeu e disse: 'Você tem que vir aqui, porque ele morreu'. Eu fiquei desesperada, liguei para meus amigos e fui, lembrou.
No dia 29 de agosto, antes de Kevin sair para trabalhar, ela pediu para que o marido trocasse de canal, enquanto um telejornal passava uma reportagem sobre violência, porque estava cansada de assistir tragédias.
E hoje ele é a matéria, lamentou.
Na quarta, um dia antes, o motociclista por aplicativo parou de trabalhar para comprar uma pizza e foi assistir o jogo do Bahia contra o Flamengo com a esposa. Após o jogo, voltou para a rua e só retornou para casa depois das 2h30 de quinta.
Ele era correria, já serviu a Marinha, vendeu capa de celular, fazia 'corres' como motoboy e todo trabalho honesto que ele encontrava, disse Taisa, emocionada.Ele gostava de ficar com os amigos, com os filhos principalmente. Não merecia isso.
Fonte: G1 / Foto: Reprodução
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