Trinta e um presos, apontados como líderes de facções criminosas, foram transferidos do Conjunto Penal de Feira de Santana, a 100 km de Salvador, para unidades em outras regiões do estado.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), os presos exerciam a liderança de grupos criminosos no lado de fora da unidade prisional e têm passagens por diversos crimes, como homicídios, tráfico de drogas, organização criminosa e roubo.
Conforme a Seap, as transferências dos custodiados, considerados alvos sensíveis do sistema prisional, ocorreram após trabalho de apurações e inteligência prisional da pasta, durante a "Operação Angerona", deflagrada na última semana, nos dias 21 e 22 de outubro.
A Secretaria afirmou que o objetivo das transferências é cancelar qualquer contato ou influência dos custodiados com criminosos no lado externo dos estabelecimentos penais.
O trabalho de transferência foi realizado pelas equipes do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (GEOP), Policiais Penais, com o apoio da Polícia Militar e Ministério Público (MP-BA).
Desde o início da "Angerona", realizada também na última semana, houve uma redução de 78,6% nos índices de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) no município.
A megaoperação Angerona é coordenada pela Superintendência de Gestão Prisional (SGP), com a atuação da Diretoria de Segurança Prisional (DSP), do Geop, da Central de Monitoração Eletrônica de Pessoas (CMEP), Coordenação de Monitoração e Avaliação do Sistema Prisional (CMASP), Grupo de Segurança Institucional (GSI).
As ações contam com a participação do Grupo Especial de Combate as Organizações Criminosas e Investigações (Gaeco/MP-BA) e o Grupo de Atuação Especial de Execução Penal (Gaep/MP-BA), da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) e da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
A ação foi resultado da ‘Operação Controle’ deflagrada pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial Operacional de Combate ao Crime Organizado (Gaeco); pela Secretaria de Segurança Pública (SSP); pela Polícia Civil e pela Polícia Militar, por meio do Comando de Policiamento Especializado (CPE) e do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL).
Também fazem parte da operação, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), por meio do Grupo de Segurança Institucional (GSI), Comando de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (Cmep) e do Grupamento Especializado em Operação Prisionais (Geop).
"Operação Angerona"
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) e a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) realizaram a "Operação Angerona", na segunda (21) e terça-feira (22), no Conjunto Penal de Feira de Santana, com o objetivo de coibir a comunicação entre internos e pessoas que estão fora das prisões.
A operação, intitulada "Angerona", também teve como objetivo evitar atividades criminosas que possam ter origem no interior das unidades prisionais.
Nas varreduras de segunda-feira, agentes de segurança apreenderam celulares em sete celas, além de chips, cartões de memória, pen-drives, drogas e armas brancas improvisadas. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) não detalhou quais foram as quantidades encontradas de cada item.
Já na terça, mulheres internas do Conjunto Penal de Feira de Santana, entre elas duas apontadas como chefes de grupos criminosos, tiveram as celas vasculhadas por policiais penais femininas. Nenhum material ilícito foi encontrado.
Já em outros pavilhões, onde internos masculinos estão presos, foram apreendidos aparelhos celulares, porções de drogas, armas brancas improvisadas e uma serra. Todo o material será encaminhado para perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Segundo o MP-BA, a ação, que também contou com participação da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), recebeu o nome de "Angerona" em referência à deusa do silêncio, com o objetivo de cortar a possível comunicação entre criminosos dentro e fora dos muros.
Fonte: G1 / Foto: Reprodução
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