Após mais de um ano desde a explosão da guerra na Faixa de Gaza, o país liderado por Benjamin Netanyahu atingiu o alto escalão do Hamas, e também mirou lideranças do Hezbollah, que passou a atacar o território israelense em apoio ao grupo palestino.
Em pouco mais de dois meses, ofensivas das Forças de Defesa de Israel (FDI) terminaram com os assassinatos não só de combatentes e quadros de comando das organizações, como também das fileiras mais altas dos grupos terroristas.
Os combates, no entanto, também provocaram um alto número de mortes tanto no enclave palestino quanto no Líbano.
Até o momento, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza afirma que mais de 40 mil palestinos já foram mortos desde o início da guerra no enclave, sendo mais de 13 mil crianças. Autoridades militares de Israel, no entanto, dizem ter eliminado mais de 17 mil combatentes do Hamas.
Já no Líbano, autoridades locais afirmam que mais de 2,4 mil pessoas já morreram no país desde que Hezbollah e Israel entraram em rota de colisão, no início dos combates em Gaza. Israel, por sua vez, diz que 1,5 mil mortos no período faziam parte das fileiras do Hezbollah.
Julho
O ex-comandante do Hezbollah Fuad Shukur foi morto no último dia 30 de julho, em um ataque aéreo na capital do Líbano, Beirute. O membro sênior do grupo libanês era considerado o braço direito do ex-secretário-geral do grupo, Sayyed Hassan Nasrallah.
Um dia depois, o ex-chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, morto enquanto participava da posse do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, na capital Teerã.
Setembro
Após Israel endurecer as ações militares contra o Líbano, no fim de setembro, o Hezbollah enfrentou o mais duro golpe no conflito com os israelenses até o momento.
Em um novo bombardeio contra Beirute, o então chefe máximo do grupo, Sayyed Hassan Nasrallah, foi morto pelas FDI.
De acordo com a administração de Benjamin Netanyahu, o aumento das operações militares no Líbano visa garantir a segurança de cidadãos do norte de Israel, que foram forçados a deixar a região após o Hezbollah iniciar ofensivas contra posições israelenses na fronteira entre os dois países.
Outubro
Após a morte dos ex-líderes de Hamas e Hezbollah, Israel mirou os substitutos dos ex-chefes. Dias após o assassinato de Hanieyh no Irã, o Hamas anunciou Yahya Sinwar, apontado como um dos principais mentores da incursão terrorista de 7 de outubro de 2032 em Israel, como o novo líder político do grupo extremista.
A liderança de Sinwar no grupo durou cerca de dois meses. Aos 61 anos, ele foi morto em combate no último dia 16 de outubro, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Antes mesmo de definir um nome para assumir o comando do Hezbollah, um dos possíveis escolhidos também foi alvo do exército israelense.
Em um comunicado divulgado nessa terça-feira(22/10), as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram a morte de Hashem Safieddine, apontado como o possível substituto do ex-secretário-geral do grupo.
Primo de Nasrallah, Safieddine atuava como líder do conselho executivo do Hezbollah, e foi morto em um ataque aéreo nos subúrbios de Beirute, há cerca de três semanas.
Fonte: Metrópoles / Foto: Yousef Masoud
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