A mais recente missão da SpaceX — uma ousada e arriscada incursão nos cinturões de radiação de Van Allen da Terra por uma tripulação de quatro civis, que também pretende realizar a primeira caminhada espacial comercial — decolou durante a madrugada desta terça-feira (10).

A missão, chamada Polaris Dawn, decolou às 6h23 (horário de Brasília).

A SpaceX transmitiu o evento ao vivo no X, a plataforma de mídia social anteriormente conhecida como Twitter, que o CEO da SpaceX, Elon Musk, comprou em 2022. O X está atualmente bloqueado no Brasil.

Quando a cápsula entrou em órbita terrestre, os controladores em terra, liderados pelo diretor de lançamento da SpaceX, Frank Messina, ofereceram palavras de encorajamento à tripulação da Polaris Dawn, que inclui os primeiros funcionários da SpaceX a viajarem ao espaço.

Enquanto vocês olham para a Estrela do Norte, lembrem-se de que sua coragem ilumina o caminho para futuros exploradores. Confiamos em suas habilidades, sua bravura e seu trabalho em equipe para realizar a missão que está à frente, disseram eles. Saibam que toda a equipe aqui está com vocês em cada passo, observando, apoiando e torcendo por vocês enquanto caminham no espaço. Estamos enviando abraços da Terra.

Esse lançamento ocorreu após vários atrasos climáticos no final de agosto e no início da manhã de terça-feira, que dificultaram os esforços da tripulação da Polaris Dawn para decolar.

Complicando ainda mais as perspectivas de lançamento estava o fato de que a SpaceX não precisava apenas de boas condições meteorológicas para a missão decolar — também precisava garantir águas calmas e ventos suaves, já que a tripulação retornará do espaço após uma excursão de cinco dias. O momento do retorno pode ser crítico. Como a realização de uma caminhada espacial criará um consumo de oxigênio, a missão Polaris Dawn terá apenas suporte de vida suficiente para cinco ou seis dias no espaço.

A viagem até a órbita

Após o relógio de contagem regressiva chegar a zero, o foguete Falcon 9 da SpaceX entrou em ação, emitindo um brilho ofuscante e um estrondo ensurdecedor no local de lançamento no Centro Espacial Kennedy da Nasa (agência espacial dos Estados Unidos), na Flórida.

A tripulação estava a bordo do foguete, presa dentro de uma cápsula em forma de iglu, a Crew Dragon da SpaceX, que mede cerca de 4 metros na base, enquanto o foguete se afastava da gravidade da Terra.

Após 2 minutos e meio, a parte inferior do foguete Falcon 9 — chamada de primeiro estágio — consumiu a maior parte de seu combustível. Nesse ponto, o primeiro estágio se separou do segundo estágio, que ligou seu motor e continuou a impulsionar a espaçonave Crew Dragon a velocidades maiores.

Enquanto isso, o primeiro estágio do Falcon 9 guiou-se de volta à Terra para pousar em uma plataforma no mar, para que pudesse ser reformado e reutilizado em missões futuras. Essa é uma característica marcante da SpaceX, que a empresa afirma ajudar a reduzir o custo dos lançamentos de foguetes.

Para entrar na órbita da Terra, o foguete Falcon 9 atingiu mais de 27.358 km/h, ou “velocidade orbital”. Ao atingir a velocidade desejada, a Crew Dragon se separou e navegou no vácuo do espaço usando apenas seus propulsores a bordo pelo restante da missão.

Fonte: CNN / Foto: Joe Raedle

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