Em um resultado que ficou acima das expectativas mais otimistas do mercado, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4% no segundo trimestre (abril-maio-junho) de 2024 frente ao trimestre anterior. Os números do PIB foram divulgados na manhã desta terça-feira (3) pelo IBGE.
A expectativa mediana do mercado financeiro era de um crescimento de 0,9% neste segundo trimestre. O máximo que os analistas econômicos previam seria de um crescimento de 1,2% em relação ao primeiro trimestre do ano.
O bom resultado do segundo trimestre, segundo o IBGE, foi puxado pelas altas nos Serviços (1,0%) e na Indústria (1,8%). Já a Agropecuária, que vinha puxando o PIB para o alto, recuou 2,3% no período. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,9 trilhões no trimestre.
No ano passado, o segundo trimestre havia registrado um aumento de 0,9% no PIB em relação ao primeiro trimestre. O resultado atual verificado nos meses de abril, maio e junho é o maior desde o quarto trimestre de 2020, quando o PIB ficou em 3,7%.
O resultado mostra que as enchentes no Rio Grande do Sul não impactaram diretamente os números da atividade econômica brasileira. Além de toda a ajuda federal ao estado, o trabalho de recuperação dos estragos também contribuiu para o aquecimento da economia nacional maior do que o esperado.
O resultado do primeiro trimestre já havia surpreendido o mercado. No primeiro trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto do país teve alta de 0,8% frente ao último trimestre de 2023. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o PIB cresceu 3,3% e foi acompanhado, mais uma vez, pelos Serviços (3,5%) e pela Indústria (3,9%), enquanto a Agropecuária mostrou recuo de 2,9%.
Assim como no ano passado, o aumento do PIB vem surpreendendo os analistas econômicos e desmentindo as previsões iniciais do crescimento do país. No mês de janeiro, os primeiros boletins Focus do Banco Central, que concentra as expectativas dos agentes econômicos, apresentavam uma perspectiva para o PIB de 1,59% até o final de 2024.
Desde o começo do ano, entretanto, assim como aconteceu em 2023, o mercado vem revisando para cima as suas estimativas para o PIB brasileiro. O Boletim Focus desta segunda-feira (2), por exemplo, já mostrou o mercado avaliando que o Produto Interno Bruto, que é a soma de tudo que é produzido no país, deve crescer 2,46% neste ano.
De acordo com os números do IBGE, todos os setores dos Serviços tiveram taxas positivas nessa comparação, com destaque para Informação e comunicação (6,1%), Outras atividades de serviços (4,5%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,0%), Comércio (4,0%) e Atividades imobiliárias (3,7%).
A alta de 3,9% na Indústria foi impulsionada pelo setor de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que subiu 8,5% ante o mesmo trimestre de 2023. Segundo o IBGE, o maior consumo de eletricidade, principalmente nas residências, e a manutenção da bandeira tarifária verde ajudaram o setor.
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, cresceu 2,5%. Nessa comparação, houve altas na Indústria (2,6%) e nos Serviços (2,6%) e estabilidade na Agropecuária (0%).
Fonte: Bahia Notícias
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