A Polícia Federal (PF) entende que a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o relógio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não altera os supostos crimes cometidos por Jair Bolsonaro (PL) no caso da joias sauditas.

Nesta quarta-feira (7), o TCU decidiu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode permanecer com um relógio de ouro recebido pela fabricante francesa Cartier em 2005, durante seu primeiro mandato presidencial.

A principal diferença entre os casos, segundo integrantes da PF ouvidos pela CNN, é a tentativa de venda e recompra do itens recebidos por Bolsonaro. Essas mesmas fontes argumentam que a tese de um órgão de contas não deve prevalecer sobre o código penal.

A corrente vencedora do TCU avaliou que não há legislação que defina claramente o que deve ser feito com presentes de alto valor recebidos por chefes de Estado durante o exercício do cargo.

Segundo apurou a CNN, este entendimento pode, de fato, beneficiar Bolsonaro caso fique concluído que as joias recebidas eram itens personalíssimos.

No mês passado, Bolsonaro foi indiciado pela PF por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A defesa de Bolsonaro nega participação do ex-presidente em irregularidades.

Fonte: CNN / Foto: Heuler Andrey

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