"Estamos decididos a avançar em uma negociação. Será um processo de transição complexo, delicado, no qual uniremos toda a nação", diz María Corina Machado, de 56 anos, opositora de Nicolás Maduro na Venezuela.

Ela tenta provar que Edmundo González derrotou Maduro nas eleições de 28 de julho e afirma que oferecerá "garantias, salvo-conduto e incentivos" para uma "transição negociada" de poder.

"Estamos decididos a avançar em uma negociação. Será um processo de transição complexo, delicado, no qual uniremos toda a nação", diz.

Machado também ressaltou que a comunidade internacional é "corresponsável pelo que acontece na Venezuela", razão pela qual pediu maiores esforços para apoiar a reivindicação de vitória da oposição.

As perguntas da agência de notícias foram respondidas por María Corina por áudio. Ela segue no esconderijo onde está desde semana passada por temer por sua vida.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de chavismo, proclamou a vitória de Maduro por 52% dos votos, embora não tenha publicado os detalhes do pleito, alegando que o seu sistema foi hackeado.

A oposição afirma que o seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu as eleições com 67% dos votos e apresenta como prova um site com cópias de mais de 80% das atas digitalizadas.

"Maduro perdeu completamente, absolutamente, a legitimidade. Todos os venezuelanos e o mundo sabem que Edmundo González venceu de forma esmagadora e que Maduro pretende impor a maior fraude da história deste país. Sinto-me profundamente orgulhosa do que fizemos, do que a sociedade venezuelana fez, superando todos os obstáculos nas eleições mais desiguais e arbitrárias em termos de abusos e abusos do regime", afirma a líder da oposição.

Pressão internacional

Em uma nova nota conjunta publicada nesta quinta-feira (8), ministros das Relações Exteriores de Brasil, Colômbia e México voltaram a cobrar as atas eleitorais da Venezuela. Pela parte do Brasil, assinou o documento o ministro Mauro Vieira.

Os ministros disseram que cabe ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela apresentar as atas à sociedade. Isso porque esse órgão afirmou nos últimos dias que enviou os documentos ao Tribunal Supremo de Justiça, mas ainda não apresentou ao público.

"Consideram fundamental a apresentação pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) dos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho de 2024 desagregados por mesa de votação. Ao tomarem nota da ação iniciada perante o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) sobre o processo eleitoral, partem da premissa de que o CNE é o órgão a que corresponde, por mandato legal, a divulgação transparente dos resultados eleitorais", afirmam os ministros no texto.

Fonte: AFP / Foto: Maxwell Briceno/Reuters

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