Dois policiais militares e um ex-agente da corporação foram presos na manhã desta quinta-feira (29), durante uma operação da Polícia Civil. Os alvos são investigados por pela morte de duas pessoas e prática de extorsões mediante a sequestro contra as vítimas.
Segundo a Polícia Civil, os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nos bairros de Brotas, Nova Brasília e Itapuã, em Salvador, além do Caji, em Lauro de Freitas.
De acordo com o diretor do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), Thomas Galdino, um dos presos é um capitão do departamento pessoal, outro é um soldado da 37ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Liberdade) e o terceiro já foi demitido da corporação. Os nomes deles não foram divulgados.
As investigações iniciaram após familiares de duas vitimas relatarem o desaparecimento no dia 11 do mês passado, na comunidade Quingoma. Segundo eles, os investigados pediram valores para liberação, e no dia seguinte, os dois sequestrados foram encontrados mortos, disse o diretor do Deic, Thomas Galdino.
As vítimas eram padrasto e enteado identificados como Joseval Santos Santos e Jeferson Sacramento Santos. Eles já tinham respondido por tráfico de drogas.
A família das vítimas não chegaram a fazer o pagamento de resgate.
A operação também contou com o apoio da Coordenação de Operações e da Delegacia Antissequestro (DAS) e da Corregedoria da Polícia Militar.
Pistolas calibres 9 mm e .380, celulares, um revólver 357, munições, um carregador de fuzil 7.62 e a quantia de R$ 1.858 foram apreendidos com os suspeitos. Os materiais passarão por perícia, enquanto a origem do dinheiro será investigada.
Os suspeitos serão ouvidos no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e transferidos para o Batalhão de Polícia de Choque, em Lauro de Freitas.
Em nota, a Polícia Militar informou que sempre que acionada, apura as denúncias referentes a fatos de que integrantes da corporação sejam acusados.
Conforme a PM, as apurações conduzidas pela instituição não excluem as investigações que sejam feitas ou que tenham sido iniciadas por outros órgãos, com as eventuais responsabilizações nas esferas administrativa e penal.
A corporação também reafirmou compromisso com a transparência e a ética, e garantiu que não serão toleradas ações que comprometam a confiança e o respeito da população.
Fonte: G1 / Foto: Reproduão
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