O governador Jerônimo Rodrigues (PT) revelou nesta terça-feira (9) que tem um “caderninho” onde registra o comportamento dos aliados. Nele, acaba de entrar o nome do deputado estadual Júnior Muniz (PT) que sinalizou uma aproximação de apoio à reeleição do prefeito Bruno Reis (União Brasil), através do partido Agir, presidido por sua filha Társsila Muniz.
Apesar de não haver oficializado o apoio, os bastidores já dão como certo o Agir como o 14º partido da coligação de Reis.
“A política tem dessas, eu não decepciono, não, mas a gente vai botando no caderninho os comportamentos de como é que acontecem as coisas na Bahia”, reagiu Jerônimo ao ser perguntado sobre o assunto por jornalistas nesta terça.
O petista admitiu que foi pego de surpresa com a articulação, embora tenha afirmado que o deputado, assim como o Agir, tem “autonomia”.
“O Agir não é um partido que estava na nossa base do Conselho Político. Não estava efetivamente ali. Tínhamos a parceria quando é contado, e tem uma parceria com o deputado Júnior. Ele não consultou a mim, não conversou comigo, ele tem autonomia, o partido tem, mas como um partido parceiro é importante ter o diálogo, o que estava acontecendo… eu não gosto de trabalhar com surpresa”, declarou Jerônimo, sem esconder o descontentamento.
“Não fica bem pra quem faz política trabalhar com um movimento de surpresa. A não ser que isso já estava posto e a gente não tivesse dialogado sobre, mas nós avaliamos de conversar e ver como é que a gente faz”, afirmou.
Também nesta terça, a direção estadual do Agir afirmou em nota que os diretórios municipais têm autonomia para definir as composições eleitorais de cada cidade, respeitando suas particularidades e as diretrizes previamente apresentadas pelo comando da legenda.
“A nossa orientação inicial é que os nossos quadros prezem por alianças com o arco de partidos da base do governador Jerônimo Rodrigues e que onde houver candidaturas do PT a gente possa acompanhar”, pontuou Társsila Muniz.
Mas sobre Salvador ela reiterou que é uma decisão que “cabe apenas ao Agir”, reiterando que o deputado não delibera sobre as composições eleitorais do partido.
“Essa é uma definição que cabe ao diretório municipal de Salvador, que certamente vai dialogar com a Executiva estadual e saberemos encontrar o melhor caminho. O deputado Júnior Muniz é muito querido pelo Agir, mas ele faz parte de outra agremiação, e essa decisão cabe apenas ao Agir”, completou Társsila.
Fonte: Política Livre
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