Israel quer ferir o Hezbollah, mas não arrastar o Oriente Médio para uma guerra total, disseram duas autoridades israelenses nesta segunda-feira (29), enquanto o Líbano se preparava para retaliação após um ataque com foguete que matou 12 crianças e adolescentes nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel.

Duas outras autoridades israelenses disseram que Israel estava se preparando para a possibilidade de alguns dias de luta após o ataque com foguete no sábado (27) em um campo de esportes em uma vila drusa.

Todas as quatro autoridades, incluindo um oficial sênior da defesa e uma fonte diplomática, falaram sob condição de anonimato e não deram mais informações sobre os planos de retaliação de Israel.

“A estimativa é de que a resposta não levará a uma guerra total”, disse a fonte diplomática. “Isso não seria de nosso interesse neste momento.”

Israel e os Estados Unidos culparam o grupo libanês Hezbollah pelo ataque. O Hezbollah negou qualquer participação.

O incidente aumentou as preocupações de que os meses de hostilidades transfronteiriças entre Israel e o grupo libanês apoiado pelo Irã poderiam se transformar em uma guerra mais ampla e destrutiva.

No domingo, o gabinete de segurança de Israel autorizou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Yoav Gallant a decidirem sobre a maneira e o momento da resposta ao ataque.

O jornal israelense Yedioth Ahronoth citou autoridades não identificadas dizendo que a resposta seria “limitada, mas significativa”.

De acordo com a reportagem, as opções variam de um ataque limitado à infraestrutura, incluindo pontes, usinas de energia e portos, até atingir os depósitos de armas do Hezbollah ou alvejar os comandantes do Hezbollah.

Provocadas pela guerra de Gaza, as hostilidades entre Israel e o Hezbollah são as piores desde que começou o confronto em 2006.

O Hezbollah, aliado do grupo palestino Hamas, afirmou que sua campanha de ataques com foguetes e drones contra Israel tem como objetivo apoiar os palestinos e indicou que só cessará o fogo quando a ofensiva de Israel em Gaza for interrompida.

O conflito na fronteira entre Israel e Líbano forçou dezenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas em ambos os lados.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em uma ligação telefônica com o presidente israelense, Isaac Herzog, nesta segunda-feira, enfatizou a importância de evitar a escalada do conflito, informou o Departamento de Estado dos EUA.

Eles discutiram esforços para chegar a uma solução diplomática para permitir que os cidadãos de ambos os lados da fronteira retornem para casa, e a iniciativa em andamento para alcançar um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns mantidos lá.

A Alemanha pediu a todas as partes envolvidas no conflito do Oriente Médio, em especial o Irã, que evitem uma escalada.

Com informações do portal CNN

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