O parecer do promotor Antônio Eduardo Cunha Setubal, da 26ª Promotoria de Justiça Criminal, que sugeriu a liberdade provisória para Mário Oliveira Gomes, não citou que o homem atropelou policiais militares na tentativa de fugir de uma abordagem na Avenida Joana Angélica, no Centro de Salvador, na última segunda-feira (6). O acusado foi colocado em liberdade após audiência de custódia. Câmeras de segurança flagraram o momento.
No documento, foi relatado que o preso teve lesões corporais causadas pela resistência à ruptura, “de modo que foi necessário valer-se de ação mais enérgica em seu desfavor”, sem mencionar o atropelamento dos agentes.
No parecer, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) indicou que não havia elementos concretos o suficiente para uma prisão em flagrante e encaminhou sua conclusão pela concessão de liberdade provisória e medidas cautelares como: comparecimento periódico em juízo para informar e justificar atividades; proibição de acesso ou frequência a bares; proibição de se ausentar da comarca; recolhimento domiciliar noturno e monitoração com tornozeleira eletrônica.
O documento emitido pelo representante do MP-BA embasou a decisão da juíza, que passou a ser alvo de críticas da corporação e também da sociedade civil.
Mário foi localizado pelo Batalhão Apolo da PM, horas depois da tentativa de homicídio. De acordo com a PM, com ele foram apreendidos o carro usado para atropelar os policiais, 400 pedras de crack, 98 pinos de cocaína, 3.800 reais em espécie e três celulares.
Fonte: Bahia Notícias / Foto: Reprodução
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