O goleiro Augustín Marchesín, do Grêmio, usou as redes sociais para detonar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre a continuidade do Campeonato Brasileiro em meio às enchentes do Rio de Grande do Sul. Em publicação no Instagram nesta segunda-feira (6), o argentino criticou a entidade diante da situação no estado atingido por fortes temporais desde a última semana.
É triste ver como a vida segue 'normalmente' nos grandes centros do país. O futebol segue como se nada estivesse acontecendo. É a maior catástrofe da história de um estado, escreveu.
Nesta segunda-feira (6), a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) solicitou à CBF a suspensão das competições nacionais pelos próximos 20 dias. Na última semana, a entidade havia adiado jogos envolvendo os clubes gaúchos em todas as disputas do país. A Conmebol também suspendeu as partidas do Grêmio pela Libertadores e do Inter pela Sul-Americana.
O Rio Grande do Sul sofre com os efeitos das fortes chuvas. Conforme o último balanço realizado pela Defesa Civil, o número de mortos subiu para 83 pessoas nesta segunda-feira (6). Há 111 pessoas desaparecidos e 291 feridas. Em Porto Alegre, o nível do Guaíba estava em 5,26 metros, 2,30 metros acima da cota de inundação. Os estádios do Inter e Grêmio, respectivamente Beira-Rio e Arena do Grêmio, ficaram inundados. Os times estão com dificuldades para manter a programação de treinos, além disso, estão sem conseguir sair do estado para disputar os jogos, já rodovias estão interditadas e o aeroporto de Porto Alegre foi fechado.
Dezenas de vidas perdidas, famílias inteiras desabrigadas, crianças, animais… é uma situação extremamente triste e nunca vista antes na história do Rio Grande do Sul", disse o goleiro. "Sei que muitos clubes estão se mobilizando e enviando doações para os afetados pelas enchentes. Mas acredito que a entidade máxima do futebol brasileiro deveria entender que o momento é de foco total em salvar vidas e abrigar famílias. Todos sabemos que a vida não pode parar, mas ignorar a dor alheia nestas condições é falta de senso de humanidade e respeito, finalizou.
A CBF ainda não se manifestou sobre a situação, mas já analisava a possibilidade ao longo do dia e entrou em contato com autoridades e até com a Conmebol.
Fonte: Bahia Notícias / Foto: Lucas Uebel
Postar um comentário