Após um grande mistério sobre a causa da morte da sucuri Ana Júlia, o Instituto de Criminalística de Mato Grosso do Sul apontou que a cobra morreu de causas naturais. O fato causou grande comoção em todo o país e foram levantadas hipóteses de violência com o animal de quase 7 metros.
A cobra foi encontrada morta às margens do Rio Formoso, em Bonito (MS), há quase uma semana, pelo documentarista de vida selvagem Cristian Dimitrius.
O animal, que também é conhecido como “a sucuri mais famosa do mundo” foi estrela de diversos estudos, ensaios fotográficos, entre outros registros feitos na região nos últimos anos.
Sucuri sem lesões
Inicialmente, chegou a ser noticiado que a cobra havia sido morta a tiros. No entanto, equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA), da Polícia Civil, do Instituto de Criminalística e uma bióloga estiveram no local onde Ana Júlia foi encontrada, bem como, analisaram o corpo da cobra.
O principal objetivo nosso era caracterizar ou não se a serpente foi morta de forma violenta por um disparo de arma de fogo ou até mesmo se ela tinha algumas lesões contusas que justificassem a morte dela, apontou o diretor do Instituto de Criminalística, Emerson Lopes dos Reis ao portal G1.
Ele explicou que no próprio local a perita veterinária não encontrou lesões no animal condizentes com disparos de arma de fogo. Mesmo assim ela decidiu levar a cobra para Campo Grande, capital do estado, para a realização de exames complementares.
Ela realizou outros exames, como imagens por raios x, para que ela pudesse ter uma certeza de que esse animal não sofreu nenhum tipo de disparo de arma de fogo, detalhou.
Sem interferência humana
Nós fizemos exames radiográficos, não encontramos nenhuma fratura na região da cabeça, que era suspeita inicialmente de ter sido lesionada e descartamos a hipótese de morte violenta, explicou a perita Maristela Melo de Oliveira.
Por isso, a conclusão foi de morte natural. Visto que o animal não teve uma morte violenta restou por tanto uma morte por consequência de uma patologia ou alguma questão própria do animal onde ela vive, sem interferência humana na morte desse animal, apontou a especialista.
Ainda de acordo com a perita, durante os exames, as equipes fizeram a medição do animal, que atingiu os 6 metros e 36 centímetros. Também foi feita a coleta de DNA para fazer o sequenciamento genético e de outros materiais biológicos.
Coletamos esse material a fim de preservar, para interesse científico e estudos relacionados a genética desse animal, pontuou Maristela.
Fonte: Metrópoles
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