A Prefeitura de Campinas (SP), por meio do Grupo de Contenção de Ocupações, retirou as cerca de 200 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que ocuparam a Fazenda Mariana, na manhã desta segunda-feira (15/4).

A reintegração de posse foi realizada pela Guarda Municipal (GM), com apoio da Polícia Militar (PM) e Polícia Rodoviária. De acordo com a prefeitura, a ação foi realizada “após terem sido esgotadas todas as tentativas de negociação com os ocupantes”.

Durante as negociações, Elias Azevedo, diretor de Monitoramento da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), afirmou que ofereceu às famílias o cadastro para auxílio-moradia. No entanto, não houve concordância e foi usada a força policial. 

“Durante a ação, os ocupantes atearam fogo na mata. O fogo foi contido pelos Guardas, com apoio do proprietário”, afirma a prefeitura em nota. Por outro lado, o movimento disse à Band Campinas que o fogo foi causado pelas bombas jogadas pelos agentes. 

A Prefeitura de Campinas alega que o proprietário do local garante que a fazenda é produtiva. Ainda, alega que notificou o responsável pelas terras para evitar novas ocupações.

Por outro lado, o MST diz que a área de aproximadamente 200 hectares, administrada por uma empresa do setor imobiliário, está em desuso há anos e não está cumprindo sua função social, como está previsto na Constituição.

Ainda, o movimento conta que um documento enviado à prefeitura de Campinas, em 2015, no âmbito da revisão do Plano Diretor, a empresa Zezito Empreendimentos Ltda autodeclarou a impossibilidade de viabilizar atividades produtivas no local.

A ocupação do local faz parte da Jornada Nacional de Lutas em memória ao Massacre de Eldorado do Carajás. O lema deste ano, com ações em todo o Brasil, é “Ocupar para o Brasil alimentar”.

Fonte: Band Jornalismo

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