O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou na quinta-feira (4) que não tomará decisão apressada sobre o comando da Petrobras.
Segundo aliados, o petista reconhece que a crise escalou a um nível grave e é preciso tomar uma decisão, seja pela permanência ou pela retirada de Jean Paul Prates.
Antes, no entanto, Lula já indicou que conversará com técnicos e ministros, além de avaliar a repercussão pública da queda de braço entre o dirigente da empresa pública e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
O presidente tem afirmado a auxiliares que o ideal neste momento é esperar a repercussão negativa decantar. A avaliação é de que uma mudança feita às pressas pode afetar a saúde financeira da Petrobras, que teve queda no preço das ações na quinta-feira.
O petista cumpre agenda nesta sexta-feira (5) no Nordeste e chegará à tarde em Brasília. A intenção do presidente é chamar até segunda-feira (8) o presidente da empresa para uma conversa.
Lula também tem a intenção de ouvir Silveira. O presidente tem reclamado que a queda de braço se tornou pública, o que tem desgastado a imagem do próprio governo.
No momento em que o presidente trabalha por pautas positivas, para tentar recuperar a popularidade, o diagnóstico é de que uma queda de braço mina os esforços.
O pagamento dos dividendos extraordinários da empresa estatal foi o mais recente embate entre Silveira e Prates.
O incômodo de Silveira com Prates, inclusive, foi indicado pelo ministro em entrevista recente.
Os dois já tinham protagonizado embates sobre reajuste no preço dos combustíveis e sobre a administração da empresa estatal.
Fonte: CNN
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