A Argentina e a Colômbia afirmam ter tomado “medidas concretas” para melhorar as relações desgastadas entre os dois países.
Isso ocorre após o líder argentino de extrema direita, Javier Milei, chamar seu homólogo colombiano de esquerda, Gustavo Petro, de “assassino terrorista” em uma entrevista à CNN.
Num comunicado conjunto no domingo, os ministérios das Relações Exteriores dos dois países disseram que mantiveram conversas sob as ordens de Milei e Petro.
Os respectivos governos tomaram medidas concretas para superar quaisquer diferenças e fortalecer esta relação, afirma o comunicado conjunto.
As medidas incluem o retorno dos respectivos embaixadores de ambos os países depois que a Colômbia expulsou na semana passada todos os diplomatas argentinos de Bogotá após os comentários de Milei à CNN.
“Não se pode esperar muito de alguém que foi um assassino terrorista”, disse Milei na entrevista sobre Petro, um ex-guerrilheiro que se tornou o primeiro presidente de esquerda da Colômbia, em 2022.
A Colômbia chamou de volta seu embaixador na Argentina em janeiro, após comentários semelhantes de Milei, informou a Reuters.
Milei entrou em confronto com líderes regionais desde que assumiu o poder no ano passado com a promessa de implementar reformas econômicas chocantes.
Em sua ampla entrevista à CNN, que foi ao ar no domingo, Milei também chamou o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, de “ignorante”.
López Obrador já havia criticado as políticas de Milei e o comparado a um ditador.
Na quinta-feira, numa publicação nas redes sociais, López Obrador reagiu, perguntando-se por que os argentinos “votaram em alguém que não tem razão, que despreza o povo”.
A Argentina acusou na semana passada a Venezuela de cortar o fornecimento de eletricidade à sua embaixada em Caracas, depois de a missão diplomática ter organizado uma reunião com os líderes da oposição do país.
As tensões têm aumentado entre Buenos Aires e Caracas depois que o presidente socialista da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou a vitória eleitoral de Milei em novembro do ano passado, alegando que a “extrema direita neonazista” havia conquistado o poder na Argentina.
Fonte: CNN
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