Os dois agentes federais que morreram nesta tarde após a queda de uma aeronave do modelo Cessna 206 B Caravan, da Polícia Federal (PF), no acesso ao aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), têm histórico de treinamentos e extradições internacionais à serviço da instituição.
De acordo com publicações do Diário Oficial da União, ambos eram pilotos e faziam parte da Coordenação de Aviação Operacional da Diretoria-Executiva da Polícia Federal em Brasília. A identidade da dupla foi confirmada em nota emitida pela Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF).
O agente federal Guilherme de Almeida Irber, de 44 anos, participou de ao menos quatro treinamentos de voo e simulação de diversos modelos de aeronaves entre 2021 e 2023. Um dos treinamentos, realizado no mês de maio de 2021, nos Estados Unidos, foi em um modelo similar ao que caiu nesta tarde.
Irber esteve em diversas operações de extradição de presos com condenações no Brasil. Entre os serviços do tipo realizados no exterior, o agente participou da equipe que executou a extradição do italiano Cesare Battisti, da Bolívia, para o Brasil, em janeiro de 2019.
O policial federal José de Moraes Neto, de 50 anos, tem no currículo o mesmo curso realizado pelo colega em relação à aeronave modelo Cessna que caiu hoje em Minas Gerais. Em 2021, ele esteve no estado de Kansas, nos Estados Unidos, para participar do Treinamento de Solo e Treinamento de Voo em Simulador, referente a aeronave.
O que se sabe sobre o acidente
O avião da PF, fabricado em 2001, tinha capacidade total de 11 pessoas, sendo dois tripulantes e nove passageiros. A aeronave foi adquirida em novembro de 2001 e, segundo a FAB, estava em situação normal de aeronavegabilidade.
De acordo com o site de monitoramento Flightradar24, o avião levantou voo às 14h14 e se chocou com o solo às 14h15, próximo à Lagoa da Pampulha. Segundo a ferramenta, a aeronave chegou a atingir altitude de 2.950 pés, o que equivale a pouco menos de 900 metros.
Além das duas vítimas fatais, o mecânico de uma empresa terceirizada, identificado como Walter Luís Martins, foi socorrido e encaminhado ao hospital João XXIII, na mesma cidade. De acordo com a PF, ele se encontra em atendimento, lúcido e orientado.
A Polícia Federal informou, por meio de nota, que “já iniciou investigação para apurar as circunstâncias do acidente” e que “enviará nas próximas horas peritos especialistas em segurança de voo e acidentes aéreos para auxiliar nas apurações”. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, também irá ao local.
O acidente será investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Fonte: CNN
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