Apontado como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Guarujá, Cristiano Lopes da Costa, o “Meia Folha”, morto a tiros na noite da última terça-feira (12/3), era responsável por uma empresa que possui dois contratos com a prefeitura da cidade.

De acordo com a gestão municipal, a HC Transporte e Locação Eirelli presta serviços de controlador de acesso e de limpeza das unidades de Saúde.

Os contratos foram celebrados em 2022, com vigência de um ano, podendo ser prorrogados até cinco anos. A prefeitura afirma que a empresa venceu as licitações relativas à prestação dos serviços e, para homologar os contratos, foram cumpridas várias exigências legais.

Segundo o município, o protocolo para a assinatura de um contrato não prevê uma análise sobre as pessoas físicas vinculadas às empresas, a não ser no que diz respeito a um eventual grau de parentesco com servidores municipais.

A Prefeitura de Guarujá informa que, das empresas vencedoras de processos licitatórios no Município, é exigido um rol de documentos, sempre relacionados ao seu CNPJ, no sentido de comprovar a regularidade perante os órgãos competentes. Análises referentes à pessoa física (CPF) de seus responsáveis não constam do rol de exigências legais”, diz a Prefeitura do Guarujá em nota.

A gestão municipal não informou se os contratos com a HC Transporte e Locação Eirelli serão mantidos após a descoberta.

Morte de Meia Folha

Cristiano Lopes da Costa, de 41 anos, conhecido como “Meia Folha” foi baleado na noite dessa terça-feira (12/3) em uma lanchonete em Vicente de Carvalho. Testemunhas dizem que os disparos foram feitos por um homem que passou pelo local de moto.

O autor dos disparos que mataram “Meia Folha” ainda é desconhecido. De acordo com o relato de uma testemunha, o autor se aproximou da lanchonete em uma moto e, sem descer do veículo, deu vários tiros na direção do homem.

Imagens e vídeos feitos por moradores logo após o crime mostram que havia várias pessoas no local.

Racha na facção

Autoridades da Polícia Civil no litoral paulista acreditam que a morte de “Meia Folha” pode estar ligada ao racha na cúpula do PCC. Existe uma expectativa, segundo policiais ouvidos em reservado pelo Metrópoles, de que a Baixada Santista possa se tornar palco de uma “guerra” nas próximas semanas.

A morte de Meia Folha é a segunda em menos de 20 dias atribuída ao racha na facção. No último dia 25, Donizete Apolinário da Silva foi executado a tiros em Mauá, na Grande São Paulo. O homem, de 55 anos, era apontado como aliado do líder supremo do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e integrante da chamada “Sintonia Final”, alta cúpula da facção.

O principal motivo para o racha na facção seria o vazamento de um diálogo entre Marcola com policiais penais federais, na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). Na ocasião, o líder do PCC afirmou que o número 2 na hierarquia da facção, Roberto Soriano, o Tiriça, era um “psicopata”.

A declaração foi usada por promotores durante o julgamento de Roberto Soriano. O criminoso, que cumpre pena atualmente na Penitenciária Federal de Brasília, junto a Marcola e outros líderes do PCC, foi condenado a 31 anos e 6 meses de prisão, em 2023, por ser o mandante do assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo.

No ataque a tiros, o ex-vereador do Guarujá Geraldo Soares Galvão também acabou baleado. Ele foi socorrido e passa bem.

Racha no PCC

De acordo com a Polícia Civil de Santos, era ligado ao traficante André do Rap, foragido desde 2020, quando foi beneficiado por uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo as investigações, o ataque a Meia Folha pode ser a segunda morte relacionada ao racha na cúpula do PCC. No último dia 25, Donizete Apolinário da Silva foi executado a tiros em Mauá, na Grande São Paulo.

O homem, de 55 anos, era apontado como aliado do líder supremo do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e integrante da chamada “Sintonia Final”, alta cúpula da facção.

O principal motivo para o racha na facção seria o vazamento de um diálogo entre Marcola com policiais penais federais, na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). Na ocasião, o líder do PCC afirmou que o número 2 na hierarquia da facção, Roberto Soriano, o Tiriça, era um “psicopata”.

A declaração foi usada por promotores durante o julgamento de Roberto Soriano. O criminoso, que cumpre pena atualmente na Penitenciária Federal de Brasília, junto a Marcola e outros líderes do PCC, foi condenado a 31 anos e 6 meses de prisão, em 2023, por ser o mandante do assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo.

Autoridades especulam que a Baixada Santista pode se tornar palco de uma guerra interna da facção nas próximas semanas. Diante do cenário, a expectativa é que o reforço do policiamento na Baixada Santista, que acontece em razão da Operação Verão III, seja prorrogado.

Fonte: Metrópoles

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