A Fifa negou que o cartão azul será testado já profissionalmente no futebol para uma suspensão temporária. A proposta é da International Football Association Board (Ifab, da sigla em inglês), entidade responsável por regulamentar as regras do futebol. A ideia já era discutida no ano passado. Na prática, o jogador que receber o cartão deverá sair de campo por 10 minutos.
Conforme o jornal inglês The Telegraph, a Ifab até avalia que o protocolo precisa ser refinado antes de ser aplicado em níveis mais altos do esporte. Entretanto, o jornal havia antecipado que a experiência no futebol profissional começaria na próxima temporada europeia, que inicia no segundo semestre de 2024. Além disso, foi detalhado que a Football Association, entidade do futebol inglês foi voluntária para testes na FA Cup, tanto futebol masculino, quanto do feminino. A Fifa, no entanto, negou a implementação em nível profissional. A entidade definiu que a possibilidade é prematura.
A Fifa deseja esclarecer que os relatos do chamado ‘cartão azul’ nos níveis de elite do futebol são incorretos e prematuros. Quaisquer testes desse tipo, se implementados, devem limitar-se a testes de forma responsável em níveis inferiores, uma posição que a Fifa pretende reiterar quando este item da agenda for discutido na Assembleia Geral do Ifab em 1º de março, diz a nota publicada nas redes sociais da entidade.
O protocolo do cartão azul prevê aplicação em casos de faltas que impeçam um ataque promissor (a chamada falta tática) e reclamações exageradas com os árbitros. Se o atleta recebesse dois cartões azuis, automaticamente, seria aplicado um vermelho. O mesmo valeria para a combinação de cartões amarelo e azul, independente da ordem. Um exemplo de lance que renderia o cartão azul utilizado pela Ifab é uma falta do zagueiro italiano Giorgio Chiellini no inglês Bukayo Saka, na final da Eurocopa 2020.
Na jogada, Saka sairia em um contra-ataque com o campo defensivo da Itália totalmente exposto. O zagueiro, então, o puxa pela camisa, fazendo com que o atacante caia e não alcance a bola. Na época, foi aplicado apenas o cartão amarelo para Chiellini.
O azul foi escolhido para não haver confusão com os cartões amarelo e vermelho. A última vez que houve uma mudança desse tipo foi na Copa do Mundo de 1970, quando foram inseridos os cartões já existentes. Em País de Gales, a federação responsável pelo futebol já tinha planos de fazer testes semelhantes em torneios de base.
A Ifab vai levar a ideia para a reunião anual da entidade, que acontecerá em 1º de março, na Escócia. Outra discussão que ainda deve avançar é suspensão temporária em casos de discussões entre jogadores, punição para goleiros que “fazem cera” no tiro de meta e a determinação de que apenas os capitães seriam autorizados a discutir com os juízes no decorrer das partidas. A Ifab é composta pelas quatro associações de futebol do Reino Unido, cada uma com um voto. Outros quatro são da Fifa. Para ser aprovada, uma medida precisa de, no mínimo, seis votos.
Fonte: Metrópoles
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