O Ministério Público Federal (MPF) entrou com um recurso na última segunda-feira (8/1) contra a absolvição do ex-presidente Michel Temer (MDB) e outras cinco pessoas em uma ação que investigou a suspeita de favorecimento de empresas do setor portuário em troca de propina.

Inicialmente, a denúncia foi feita em dezembro de 2018, mas a Justiça Federal absolveu Temer e os outros investigados em 2021, por considerar que não havia provas de corrupção e lavagem de dinheiro.

Agora, o procurador Guilherme Schelb entrou com um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por defender que há sim evidências dos crimes.

A conexão entre o recebimento e a função pública exercida por Michel Temer é evidente e está suficientemente descrita na denúncia e comprovada por meio de provas robustas, especialmente os diálogos mantidos pelos réus e interceptados judicialmente, escreveu o procurador no recurso, segundo documento enviado pelo MPF ao Metrópoles.

Além de Temer, o recurso pede uma nova análise sobre as investigações contra o ex-deputado Rodrigo da Rocha Loures, o coronel João Baptista Lima e os empresários Antonio Celso Grecco, Carlos Alberto Costa e Ricardo Mesquita.

[O MPF] insiste em levar ao STJ sua vergonhosa tentativa de ver Temer processado por fatos evidentemente atípicos, expostos em denúncia inepta e sem que haja justa causa para a ação penal, escreveu em nota, a defesa do ex-presidente.

A reportagem entrou em contato com a defesa dos empresários Antonio e Ricardo, e tenta contato com as fedesas do coronel e do ex-deputado. O espaço segue aberto.

Fonte: Metrópoles

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