Um homem suspeito de fraudar documentos para conseguir o registro profissional de médico foi preso, em flagrante, na tarde desta segunda-feira (29), na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), em Salvador. O caso aconteceu após uma servidora da entidade verificar que o suspeito teria tentado se inscrever no conselho em 2022 com um falso diploma da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro.

Segundo o Cremeb, o suspeito, que não teve a identidade revelada, tem 60 anos de idade e é natural do município baiano de Senhor do Bonfim. No falso diploma, constava que ele concluiu o curso de medicina em 16 de dezembro de 2005, com colação de grau em 13 de janeiro de 2006.

Após a constatação da funcionária do Cremeb, a Polícia Militar foi acionada e o homem foi conduzido pelos policiais até a Central de Flagrantes, nos Barris, onde o caso será investigado.

Em 2022, quando o homem tentou aplicar o golpe, ele não era graduado em medicina e veio após o Cremeb solicitar da Faculdade Estácio de Sá, que tinha absolvido a Universidade Gama Filho, um atestado de veracidade do diploma. Por meio de nota, a instituição informou que não havia localizado o registro deste aluno no sistema.

Após ter o pedido de primeira inscrição indeferido pelo Cremeb, já que o diploma se constitui documento imprescindível para o registro de médico nos Conselhos Regionais de Medicina, o suspeito foi até à sede da entidade, nesta segunda-feira para tentar se inscrever novamente. Ele levou o mesmo diploma apresentado há dois anos.

O Conselho tem feito um trabalho muito grande de proteção do trabalho da classe médica. E, hoje, nós conseguimos flagrar mais um indivíduo que se apresentou aqui tentando registro de médico. Eu gostaria que a classe médica nos ajudasse, seja na denúncia, seja na verificação das pessoas que atuam com médico, pois podem haver elementos como este atuando por aí, disse o presidente do Cremeb, conselheiro Otávio Marambaia.

Além de agradecer o trabalho da PM-BA, Dr. Marambaia destacou a importância do trabalho da Justiça, de modo a coibir novos falsários.

Estamos falando de pessoas que ao invés de curar, pode matar as pessoas, destacou.

Fonte: Bahia Notícias

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