O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) é esperado nesta terça-feira (30/1) para prestar depoimento à Polícia Federal (PF), a partir das 9h, na Superintendência do Rio de Janeiro.
A informação foi dada por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na última segunda-feira (29/1). No mesmo dia, Carlos foi alvo de uma ação da PF, desdobramento da Operação Vigilância Aproximada, que investiga o monitoramento ilegal de autoridades por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Alexandre Ramagem.
A defesa do vereador, no entanto, disse que o depoimento não se refere à operação de ontem. Segundo o advogado Antonio Carlos Fonseca, a oitiva foi marcada há algumas semanas e se refere a uma publicação feita por Carlos em agosto do ano passado. O inquérito também está em segredo de Justiça.
“É um procedimento é outro inquérito que também está em sigilo. Não tem nada a ver com os fatos de hoje. Pura coincidência”, disse o advogado.
Sobre o que será o depoimento de Carlos?
O depoimento atende a uma intimação da PF sobre uma postagem de Carlos Bolsonaro feita em 27 de agosto de 2023. A mensagem foi tida como ofensiva ao diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
O filho de Bolsonaro republica uma postagem do perfil “Dama de Ferro” que traz imagens de alusões ao pai morto em forma de sátira que afirma “zero busca e apreensão, zero inquérito, zero perfis bloqueados, zero reportagem em repúdio, pessoas presas: zero”. No título da postagem, a frase “tudo pela manutenção da democracia”.
O seu guarda diretor aqui enxerga com outros olhos! pic.twitter.com/UaUXfOGJeJ
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) August 27, 2023
Sobre esta imagem, Carlos Bolsonaro afirma “o seu guarda diretor aqui enxerga com outros olhos”, no que foi interpretado como alusão a investigações desequilibradas entre ameaças a Lula e a Bolsonaro.
O que diz a defesa de Carlos?
Fonseca diz que de acordo com o setor de inteligência da Policia Federal, a publicação do vereador “seria ofensiva ao atual diretor”, Andrei Rodrigues.
Nas palavras de Fonseca, Rodrigues “sequer tinha conhecimento do fato e foi instado a se manifestar e determinou a instauração do inquérito”.
Fonte: CNN
Postar um comentário