Mais uma onda de calor atinge a Bahia a partir desta quinta-feira (14/12) e causa aumento de temperaturas em cidades da região oeste e do Vale do São Francisco. De acordo com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), nessas áreas, as temperaturas podem atingir 40ºC.

Para caracterizar onda de calor, as temperaturas precisam ficar cerca de 5º C acima da média, em um sequência de três a cinco dias. Apesar do calor sentido pelos soteropolitanos, a capital baiana não está na lista das cidades atingidas.

Nesse cenário, são mais de 50 cidades afetadas por esta onda de calor na Bahia. Entre elas, estão Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, Bom Jesus da Lapa e Formosa do Rio Preto, todas no oeste.

Estas já foram afetadas pelas duas últimas ondas de calor, registradas em setembro e novembro deste ano. Nas ocasiões, os termômetros chegaram a 41,6° C em Bom Jesus da Lapa.

De acordo com o meteorologista do Inema, Aldírio Almeida, as temperaturas devem voltar ao normal nesses locais a partir de domingo (17), inclusive com perspectiva de chuva nas áreas afetadas pela onda de calor. Confira a previsão do tempo em algumas cidades nos próximos dias:

  • Barreiras: a temperatura máxima varia entre 39ºC e 40ºC durante a semana
  • Luís Eduardo Magalhães: a temperatura máxima varia entre 35ºC e 37ºC durante a semana
  • Bom Jesus da Lapa: a temperatura máxima varia entre 38ºC e 40ºC durante a semana

Ainda segundo o meteorologista, o tempo ficará mais quente devido a atuação de uma massa de ar quente e seco nas regiões. Segundo ele, a incidência das ondas de calor no Brasil e consequentemente na Bahia, podem ser explicadas por dois fatores:

☀️ Fenômeno climático El Niño - caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, ele gerando um impacto direto no aumento da temperatura global;

☀️ Mudanças climáticas provenientes do aquecimento global.

Baixa umidade

Além da onda de calor, diversas partes da Bahia ainda registram baixa umidade relativa do ar nesta semana, entre 30% e 20% - o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 60%.

De acordo com Aldírio Almeida, cidades nas regiões sudoeste, oeste e norte da Bahia, além do Vale do São Francisco e da Chapada Diamantina encaram esta situação, o que amplia o perigo de incêndios florestais, além de aumentar riscos de problemas de saúde, como ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz.

Para evitar prejuízos à saúde

🥤 Beba bastante líquido e evite álcool e café, pois desidratam;

🧘‍♀️ Evite atividades físicas intensas e ao ar livre;

☂️ Evite exposição ao sol nas horas mais quentes do dia. Se for inevitável, improvise um guarda-chuva para sair a céu aberto;

🧴 Use protetor solar, inclusive em casa;

🚿 Aplique hidratante para pele e umidifique o ambiente – baldes de água espalhados pela casa ajudam;

🩳 Prefira roupas leves e folgadas;

⛲️ Opte por ficar em locais frescos e ventilados.

🚨 Em caso de sintomas como tontura, náusea ou dor de cabeça, busque um local fresco e tente repousar. Caso os sintomas persistam, procure atendimento médico. Públicos específicos estão mais propensos a sofrer problemas relacionados ao calor. São eles:

👵 Idosos: eles têm uma menor capacidade de suar, que é o mecanismo usado pelo corpo para se resfriar. Além disso, os idosos também estão mais suscetíveis à desidratação, porque têm um percentual menor quantidade de água no corpo.

👶 Bebês e crianças: os pequenos têm o metabolismo mais acelerado, ou seja: produzem mais calor. Além disso, o sistema de controle de temperatura corporal das crianças é menos desenvolvido do que o dos adultos.

👩‍⚕️ Pessoas doentes ou debilitadas: enfermidades como diabetes, doenças cardíacas ou pulmonares podem prejudicar a capacidade do corpo de regular a temperatura.

Fonte: g1

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