O menino de 10 anos que foi baleado no bairro da Engomadeira, em Salvador, na noite de quinta-feira (9/11), foi atingido durante um confronto entre policiais militares e suspeitos armados. A informação foi divulgada pela Polícia Civil (PC) na manhã desta sexta-feira (10/11).

Segundo a Polícia Militar (PM) equipes foram até o local após receberem denúncias da presença de homens armados na região. Os agentes teriam sido recebidos com muitos tiros e precisaram, inclusive, de reforço. Uma foto feita por uma testemunha no momento da troca de tiros, mostra cinco viaturas no local.

Não há informações se a criança foi atingida por um disparo feito pelos suspeitos ou pelos policiais. O garoto foi socorrido para Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), no bairro do Cabula, onde segue internado nesta sexta-feira (10), na Unidade de Terapia Intensiva. Não há detalhes sobre o estado de saúde da vítima.

Na semana passada, uma criança de 11 anos foi morta com vários tiros no bairro de Villa Canária, em Salvador. O menino foi identificado como Jefferson Figueiredo dos Santos. O corpo foi encontrado depois que a PM foi acionada para ir ao local, na Rua José Gomes Aguiar.

Diferente do caso da Engomadeira, testemunhas contaram que no caso da Villa Canária, o garoto foi baleado por suspeitos de envolvimento no tráfico de drogas.

Confrontos na Bahia

Em outubro, pelo menos 28 pessoas morreram em confronto com policiais na Bahia, conforme reportagens publicadas no g1 durante o período. Somente na primeira semana do mês, 16 pessoas morreram em confronto com a polícia na Bahia. Além de Salvador, as mortes foram registradas em diversas cidades do interior.

De acordo com a Polícia Civil, em todos os casos as pessoas mortas eram suspeitas de integrarem facções criminosas. Um deles era suspeito de participar da morte do policial federal Lucas Caribé, morto no bairro de Valéria, em setembro.

Já em setembro, Salvador e a região metropolitana registram, juntas, mais que o triplo de mortes em confrontos com policiais do que Rio de Janeiro e Recife. A informação foi divulgada pelo Instituto Fogo Cruzado, que faz mapeamento da violência armada.

Fonte: g1

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