Além da corrida contra o relógio para os civis palestinos deixarem o norte de gaza, a tensão do conflito está cada vez maior na Cisjordânia, onde 11 pessoas foram mortas em um ataque israelense. 

Na fronteira com o Líbano, o Hezbollah anunciou que está pronto para entrar no conflito e apoiar o Hamas. Na fronteira com Israel, houve troca de tiros e um jornalista morreu.

O anúncio acontece um dia depois do ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã ter visitado o Líbano. O Irã é o maior financiador do Hamas e também do Hezbollah.

O governo de Israel deu um ultimato a 1,1 milhão de palestinos para deixarem o norte da Faixa de Gaza e partirem para o sul. O governo israelense prometeu intensificar os ataques nessa área. O exército afirma que ali estão importantes bases e integrantes do Hamas.

O grupo que controla Gaza pediu para moradores não obedecerem às ordens e falou em pressão psicológica. 

Mas o instinto de sobrevivência fez muita gente partir. As pessoas pegaram o que conseguiam, se amontoaram em carros, foram em caçambas de caminhões, a pé, de bicicleta, como dava.

A extensão da Faixa de Gaza é de 40 quilômetros. As pessoas foram obrigadas a deixar as regiões de Jabalya, Beir Lahiya, Best Hanoun e a Cidade de Gaza. A determinação é cruzar o rio Wadi. Só há uma ponte e uma estrada funcionando.

Além disso, boa parte da região está em ruínas e quarteirões inteiros vieram abaixo.

Há ainda doentes em hospitais e pessoas com pouca mobilidade. A ONU falou que era impossível deslocar mais de 1 milhão de pessoas em apenas 24 horas. 

As 24 horas de prazo terminaram e Israel anunciou que começou a incursão terrestre. O exército israelense disse que entrou em Gaza em busca dos mais de 150 reféns que estão em posse do Hamas.

No sul de Gaza, o Egito tem se recusado a abrir a fronteira para receber os palestinos. O país cita problemas de segurança e medo de se criar uma crise de refugiados no país. A Turquia pressiona o governo do Cairo a deixar que ajuda humanitária entre na Faixa de Gaza.

Do outro lado da fronteira, israelenses continuam enterrando vítimas do ataque terrorista do último sábado. Mas ainda há muitos corpos em sacos plásticos esperando identificação. 

Nunca morreu tanta gente, de ambos os lados, em tão pouco tempo.

O sistema israelense de defesa antiaérea segue trabalhando. Foram mais de 150 foguetes lançados pelo Hamas. 

O ex-líder do Hamas, Khaled Mashal, fez um pronunciamento pedindo aos muçulmanos e simpatizantes da causa palestina que a sexta-feira (13) fosse um dia de fúria ao redor do mundo. 

Manifestações pacíficas e violentas aconteceram em várias regiões. Na Jordânia, o exército precisou conter pessoas que queriam cruzar para o território israelense. No Afeganistão, milhares de pessoas se reuniram em Kabul. Houve manifestações em diversos países de maioria muçulmana como Irã, Iêmen e Paquistão.

Na Cisjordânia, uma imagem mostra um soldado israelense atirando contra civis. O clima esquentou entre os dois lados: Onze pessoas morreram e mais de 120 ficaram feridas em confrontos com policiais israelenses.

Ao norte, na fronteira com o Líbano, o Hezbollah já deu o recado: diz estar totalmente preparada para entrar no conflito.

O Ministro do Exterior do Irã visitou o Líbano e se encontrou com o líder do grupo xiita. Ele alertou que se os bombardeios em Gaza continuarem, outras frentes de guerra vão se abrir. 

A imprensa já foi vítima dessa tensão. Equipes de imprensa da Reuters e da Al Jazeera foram vítimas de uma explosão na fronteira entre os dois países.

Um cinegrafista da Reuters, Issam Abdallah morreu e dois jornalistas ficaram feridos no confronto.

Além do apoio diplomático, o Reino Unido começou a apoiar Israel militarmente. O país começou uma operação no Mar Mediterrâneo, com o apoio de navios e aeronaves, para monitorar a região. O objetivo principal é evitar que armas e munições cheguem ao Hamas.

Israel não dá nenhum sinal de que pretende parar com os bombardeios e com sua invasão a Gaza. O país prometeu varrer o Hamas do mapa.

Para os civis será uma corrida contra o tempo para fugir da linha de frente do conflito.

Fonte: Band Jornalismo

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