O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mandou prender novamente um homem acusado de estar envolvido com os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em oito de janeiro de 2023.

Marcos Soares Moreira estava solto desde maio e cumpria medidas cautelares, mas voltou a ser preso na sexta-feira (22/9) depois que postou um vídeo xingando os ministros do STF em suas redes sociais, na última quarta-feira (20/9).

Nas imagens, Moreira se refere nominalmente a Moraes e à presidente do STF, Rosa Weber, chamando-os de “bandidos” que “têm o poder da caneta na mão” e desafia o Supremo a voltar a prendê-lo.

“Eu jamais vou me curvar a vocês, bandidos, que tem o poder da caneta na mão, porém são bandidos. Alexandre de Moraes, Rosa Weber, todos vocês são bandidos, vagabundos, não vou me curvar a vocês. Querem me prender, podem prender”, disse Moreira.

Ainda nas imagens publicadas por Marcos Soares, o réu afirma ser indiferente aos mandatos do Supremo.

“Para mim é indiferente, vocês mandarem matar, vocês mandarem prender, só que vocês não vão me calar”, reforçou o réu.

Moraes havia proibido Moreira de usar as redes sociais quando lhe concedeu a liberdade. O ministro ressaltou o descumprimento da medida na decisão que determinou o retorno do réu à prisão.

“Mesmo ciente dessa proibição [de uso das redes sociais] e demonstrando total desprezo pela Justiça, o denunciado publicou dois vídeos na rede social TikTok, nos quais ataca esta corte e profere diversas ofensas à honra dos ministros que a integram. Em uma das publicações, convoca manifestantes para, no dia 12 de outubro de 2023, irem às ruas ‘contra essa pauta absurda que esta Justiça está colocando para ser votada para liberar o assassinato e o homicídio de bebês'”, escreveu Moraes na decisão.

Além da proibição do uso das redes sociais, Moreira estava obrigado a comparecer semanalmente ao Juízo de Execução; foi proibido de ausentar-se do país, com recolhimento do passaporte; teve a suspensão de qualquer documento de porte de arma de fogo; e foi proibido de se comunicar com os demais envolvidos.

Fonte: CNN

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