Os assassinatos dos dois policiais militares e de outras seis pessoas, todas da mesma família, em Camaragibe, no Grande Recife, e Paudalho, na Zona da Mata, serão apurados pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

O MPPE disse, em nota, que foram instaurados dois procedimentos investigatórios criminais. Além disso, laudos periciais e outros documentos relacionados às investigações foram solicitados à Chefia da Polícia Civil, ao Comando da Polícia Militar, ao Instituto de Criminalística, ao Instituto de Medicina Legal e à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco.

No MPPE, estão atuando em conjunto o Grupo de Atuação Conjunta Especial (Gace), o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a 1ª Promotoria Criminal de Camaragibe.

Sequência de assassinatos

A Polícia Militar (PM) recebeu um chamado do disque-denúncia de que haveria pessoas armadas em cima de uma laje, no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS). Ao chegarem no local, dois policiais foram baleados na cabeça e morreram. 

As vítimas foram identificadas como soldado Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e o cabo Rodolfo José da Silva, de 38 anos, ambos do 20º Batalhão da Polícia Militar.

No mesmo tiroteio, uma grávida e um adolescente também foram atingidos no tiroteio. Os dois foram socorridos para o Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, no Recife, e seguiam internados até a sexta-feira (14/9).

O homem apontado como suspeito de matar os dois policiais foi identificado como Alex da Silva Barbosa, de 33 anos. De acordo com g1, ele não tinha antecedentes criminais, era registrado como CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) e portava uma arma registrada de tiro esportivo. 

Já na sexta-feira, por volta das 2h, homens encapuzados atiraram em três irmãos de Alex, também no bairro de Tabatinga. Uma das vítimas transmitiu a própria morte ao vivo pelas redes sociais, enquanto homens encapuzados atiravam nela e em dois irmãos. 

As vítimas foram Agata Ayanne da Silva, de 30 anos - que transmitiu o crime pelo Instagram -, Amerson Juliano da Silva, de 25 anos e Apuynã Lucas da Silva, de 25 anos. Agata e Amerson faleceram no local do crime. Apuynã foi levado para o Hospital da Restauração, mas também morreu.

Também na sexta-feira, a mãe de Alex, Maria José Pereira da Silva, e a companheira dele, Maria Nathalia Campelo do Nascimento, 27 anos, foram encontradas mortas em um canavial na cidade de Paudalho, município da Zona da Mata Norte.

Às 11h do mesmo dia, Alex foi localizado em Tabatinga pela Polícia Militar. Ele foi morto durante uma troca de tiros. Dois policiais ficaram feridos, um no pescoço e o outro no braço.

O delegado Ivaldo Pereira, do Grupo de Operações Especiais (GOE), foi escolhido para investigar todas as mortes. O anúncio foi feito pela Secretaria de Defesa Social.

Fonte BNews

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