O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revogou, nesta terça-feira (5/9), o programa "Abrace Marajó", criado pela ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos-DF) na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O programa de Damares tinha como objetivo combater a exploração sexual de crianças no arquipélago de Marajó (PA), mas foi alvo de denúncias de políticos. Segundo o governo Lula, o programa foi utilizado para a exploração de riquezas naturais e para atender a interesses estrangeiros, sem benefício ou participação social da população local.
Lançada durante o governo de Jair Bolsonaro, a iniciativa foi marcada por controvérsias. Em 2020, a então ministra afirmou que procurava soluções para denúncias de mutilação e tráfico de crianças para exploração sexual.
Durante um culto em Goiânia (GO), em 2020, Damares afirmou que as crianças são traficadas e têm seus dentes "arrancados pra elas não morderem na hora do sexo oral". As declarações chocaram a opinião pública e autoridades cobraram explicações. Documentos apresentados pela senadora não comprovaram a veracidade das denúncias.
Governo criou outro programa
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania lançou, no dia 18 de maio, o programa Cidadania Marajó para enfrentar a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes no arquipélago de Marajó, no Pará. E substituiu o "Abrace Marajó", criado pela ex-ministra.
Damares Alves ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Fonte: UOL
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