Um suposto erro na comanda de bebida resultou em confusão, briga, nariz quebrado e um policial militar preso. Um segundo-sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) estava aproveitando a folga com a família em um local no Gama chamado “Na Fazenda Gastro Bar” quando discutiu com o garçom. Ele teria apanhado do funcionário e, em seguida, sacado a arma. Acionada, a polícia chegou ao estabelecimento e o PM de folga teria xingado um colega de farda com os dizeres: “Vai tomar no cu”.
Na delegacia, o PM ainda teria reclamado do tratamento recebido pelos companheiros, que, na visão dele, ao invés de ajudá-lo, o imobilizaram e o trataram “como bandido”. A confusão ocorreu na madrugada de domingo (20/8).
Segundo o policial que prendeu em flagrante o PM de folga, foi necessário o uso da força para retirar a arma da cintura do sargento. “Ele tentava impedir a equipe fechando os braços junto ao corpo.” A mulher e um amigo do sargento também teriam tentado impedir a equipe de retirar a arma do militar envolvido na confusão. No boletim de ocorrência, o policial alega que foi necessário algemar o colega para garantir a segurança de todos.
Na delegacia, o PM de folga disse que o garçom registrou seis cervejas que não foram consumidas. O sargento teria informado que, ao questionar o garçom, o funcionário do estabelecimento teria dito, de “forma debochada”, que o militar deveria pagar de qualquer jeito. “Então, insistiu que não teria consumido as cervejas, e o garçom, repentinamente, deu-lhe um soco no nariz. Para se defender, deu um empurrão nele e começaram uma contenda”, de acordo com o boletim.
Versão do garçom
Também levado para a delegacia, o garçom contou outra versão dos fatos. O sargento teria pedido para devolver três cervejas e como o funcionário estaria muito ocupado pediu a um colega que atendesse ao policial. No entanto, o cliente teria ficado ofendido e “começou a persegui-lo pelo estabelecimento chamando-o de mal-educado e segurando sua blusa, mesmo com seu problema já resolvido”, detalha o boletim.
Nesse momento, o garçom conta que teria perdido o controle quando o sargento o puxou novamente pela camisa e “deu-lhe um soco no rosto”. Segundo o depoimento, o amigo do PM, em seguida, teria questionado se o garçom tinha ficado maluco por “bater em polícia”. De acordo com o relato, o militar teria sacado a arma, mas foi contido pela mulher.
Outro policial que foi atender a ocorrência alegou que, quando a equipe conduziu o sargento com sangramento no rosto e embriagado, acabou ouvindo do sargento: “Vai tomar no cu”. Nesse instante, foi dada a voz de prisão por desacato, e o envolvido teria resistido à prisão.
O militar foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. Os dois assinaram Termo Circunstanciado e foram liberados.
Fonte: Metrópoles
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