A Polícia Federal já definiu que intimará a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro a prestar depoimento sobre a suposta tentativa de venda ou apropriação de joias e outros presentes recebidos por Jair Bolsonaro.
O pedido será feito pela PF ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Como a coluna antecipou na semana passada, investigadores apontam indícios de crime de peculato por parte do ex-presidente e da ex-primeira-dama.
Em conversas entre o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros ex-assessores de Bolsonaro, interceptadas pela PF, Michelle é lembrada por um presente que teria “sumido”.
“O que já foi, já foi. Mas se esse aqui (Kit Ouro Rosé) tiver ainda a gente certinho pra não dar problema. Porque já sumiu um que foi com a DONA MICHELLE; então pra não ter problema…”, disse Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, a Mauro Cid.
A ex-primeira-dama também é citada por ter esquecido uma caixa com joias durante viagem oficial a Londres.
As joias ficaram embaixo da cama usada por Michelle na residência do então embaixador do Brasil em Londres, Fred Arruda. O caso aconteceu em setembro de 2022, na ocasião do velório da rainha Elisabeth II.
A PF também afirma que o irmão de Michelle intermediou a venda de dois dos presentes recebidos por Bolsonaro. O barco de ouro e diamantes e a árvore de ouro foram levadas pelo empresário Cristiano Piquet ao pai de Mauro Cid, o general da reserva Mauro Lourena Cid, em Miami.
Fotos dos objetos foram mandadas por Lourena Cid ao filho. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro respondeu com o endereço de uma loja de joias em Miami.
Além do caso da venda das joias, Michelle Bolsonaro também deve prestar outros esclarecimentos à PF. Ela tem que explicar uma série de depósitos feitos por Mauro Cid em sua conta pessoal.
Fonte: Metrópoles
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