O Ibovespa inverteu o sinal nas últimas horas do pregão e ampliou a série de queda pela 12ª sessão seguida, a maior série desde ao menos 1980, segundo dados da plataforma TradeMap. O mercado foi contaminado pelo mau humor global após o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) não descartar novo aumento dos juros, além de novas preocupações com a China.
No cenário doméstico, investidores acompanharam os desdobramentos em Brasília e as negociações para a votação no Congresso de pautas fundamentais para as contas do governo.
O principal índice da bolsa brasileira encerrou o dia com perda de 0,50%, aos 115.591 pontos. O Ibovespa ainda não sabe o que é fechar em alta desde 31 de julho.
Apesar da pressão global, o dólar se manteve praticamente estável durante toda a sessão, se mantendo próximo de R$ 5. A divisa norte-americana fechou com leve queda de 0,01%, negociada a R$ 4,987 na venda.
Fed e China no radar
A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed foi a vilã do dia, uma vez que o documento mostrou que a maioria dos participantes continuou a ver riscos significativos de alta para a inflação, “o que pode exigir mais aperto da política monetária”.
“Os participantes permaneceram resolutos em seu compromisso de reduzir a inflação para a meta de … 2%”, apontou a ata de uma reunião na qual os formuladores de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) concordaram por unanimidade em aumentar a taxa de juros de referência “overnight” para a faixa de 5,25% a 5,50%.
Mais cedo, investidores ainda analisaram novos dados da China, que reforçaram as preocupações com a recuperação da segunda maior economia do mundo.
Nesta quarta-feira, números oficiais mostraram que os preços das casas novas na China caíram em julho pela primeira vez este ano.
O temor de que as dificuldades do setor imobiliário se propaguem para o setor financeiro chinês aumentou após a financeira Zhongrong deixar de pagar dezenas de produtos de investimento desde o fim do mês passado.
No entanto, a mídia estatal chinesa afirmou que o país fortalecerá a coordenação de várias políticas para impulsionar o crescimento e atingir a meta econômica deste ano, o que dava suporte a diversas moedas de países exportadores de commodities.
Fonte: CNN
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