O gastrólogo baiano Filiphe Soares Braga, 29 anos, morreu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) no país de Malta, na Europa. A família tenta trazer o corpo dele de volta para o Brasil, para que possa ser sepultado e enterrado na cidade onde nasceu, em Salvador.
O corpo foi liberado para sepultamento pelo hospital, mas a família não tem como arcar com os custos para trazê-lo para o Brasil. O valor ultrapassa R$ 60 mil e uma vaquinha virtual foi criada para ajudar a arrecadar o valor (clique e acesse).
"A família está devastada. Ele estava muito feliz e tínhamos expectativa de melhoria na qualidade de vida dele", comentou Elizabeth Ávila, prima de Filiphe.
Em 2021, o g1 produziu uma matéria com jovem que, na época, trabalhava com a venda de lanches inspirados no universo geek. Fantasiado de Homem-Aranha, Filiphe, que usava o nome artístico Rhaego Braga, abordava baianos e turistas no Farol da Barra.
Um exemplo de produtos comercializados eram as coxinhas em formato de chapéu de bruxa e brigadeiros inspirados na bola do dragão da série Dragon Ball. Os trabalhos também eram divulgados em suas redes sociais, plataforma na qual a "Gastronomia Geek" podia ser encomendada.
Segundo a família, em maio deste ano, Filiphe se mudou para Malta, um país de pouco mais de 500 mil habitantes, situado na região central do Mediterrâneo, entre a Sicília e a costa do Norte da África. O objetivo do jovem era buscar novas oportunidades.
No dia 16 de agosto, ele foi encontrado desacordado pelo colega de apartamento. O gastrólogo foi encaminhado para o hospital, onde ficou entubado por dois dias. Em 18 de agosto, a equipe médica confirmou a morte cerebral.
A prima do rapaz conta que foram notificados da morte depois de cinco dias sem contato com ele. Desde que souberam do falecimento, estão todos focados em conseguir dinheiro para o translado. Uma vaquinha virtual foi divulgada e, até a manhã desta quinta (24/8), foram arrecadados quase R$ 22 mil.
"Tenho fé que até o final de semana seja possível arrecadar todo o valor", disse a prima, após lembrar que tem negociado com uma funerária o serviço que envolve embalsamar o corpo.
Em casos de brasileiros que morreram no exterior, é decisão da família trazer ou não o corpo para o Brasil. A família também é responsável pelos custos dos trâmites, e cabe às autoridades brasileiras apenas auxiliar no processo.
Por meio de nota, o Ministério das Relações Exteriores, através do Consulado-Geral do Brasil em Roma, informou que está à disposição para prestar assistência consular aos familiares de Filiphe.
O órgão afirmou que, nesses casos, o consulado pode prestar orientações gerais aos familiares e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito.
Não há informações sobre quando o corpo do jovem será de fato trazido para o Brasil, nem quando será o sepultamento.
Fonte: g1
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