Arivanilda Martins dos Santos, moradora da comunidade de Zé Gonçalo, no distrito do Junco, está internada no Hospital Regional Vicentina Goulart (HRVG), em Jacobina, após o bebê que gerou por nove meses morrer em sua barriga. Tanto a gestante quanto a família dela acusam o hospital de negligência e dizem estarem revoltados.
Familiares da grávida entraram em contato com o Jacobina Notícias, neste sábado (10/6). O repórter do JN Paulo Mateus foi até a unidade e conversou com a acompanhante da gestante, em frente ao HRVG. À reportagem, a acompanhante contou que a grávida esteve na quarta-feira no HRVG para realizar o parto, porém, segundo o relato, não havia médico anestesista no hospital. "Mandaram ela ir pra casa e voltar na sexta-feira", disse.
Ainda segundo a acompanhante, na sexta-feira a gestante retornou ao hospital e um médico constatou o óbito do bebê na barriga da mãe. "Mesmo confirmando a morte, mandaram ela voltar pra casa de novo porque não tinha anestesista no hospital, mas a família disse pra ela não ir e ficar", contou a acompanhante ao Jacobina Notícias.
Ainda internada no Hospital Regional, a paciente, que é diabética e enfrentava uma gravidez de risco, segue com o feto morto em sua barriga e sem saber há quanto tempo ocorreu o óbito. Sua acompanhante contou ainda que, nos últimos dois anos, ela teve dois casos de bebês mortos na gravidez, os chamados natimortos.
Ainda de acordo com a família, os médicos estão receosos em realizar uma cesariana, por risco de complicações visto a ausência de anestesista e o problema de saúde enfrentado pela paciente. A acompanhante contou à reportagem que, desde o começo da manhã deste sábado, o médico plantonista tenta induzir o parto natural. Contudo, até o momento desta publicação, mesmo com os medicamentos utilizados, a paciente seguia sem conseguir realizar o parto.
O Jacobina Notícias entrou em contato com a Prefeitura de Jacobina, que emitiu uma nota oficial na noite deste sábado sobre o caso. Confira abaixo a nota na íntegra.
Nota oficial
"A Prefeitura Municipal de Jacobina, através da Secretaria de Saúde, vem a público esclarecer que realizou contato com a direção do Hospital Regional Vicentina Goulart para apurar relatos que circulavam em redes sociais acerca de uma hipotética falta de atendimento a parturiente oriunda do distrito do Novo Paraíso.
Segundo informações constantes nos registros oficiais do HRVG, a referida parturiente foi acolhida no hospital, realizou dois exames de ultrassom onde foi constatado aproximadamente 40 semanas de gestão e ausência de batimentos cardíacos do bebê. De pronto, a equipe adotou procedimentos técnicos medicamentosos indicados para o quadro da paciente.
Ainda durante atendimento ambulatorial, segundo os prepostos do HRVG, a paciente relatou ser diabética, gravidez de risco com outras duas ocorrências de natimortos anteriormente (Ascom / PMJ)".
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