A Prefeitura Municipal de Jacobina, e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Rede de Atenção Psicossocial (CAPS AD e CAPS II), promoverão, na quinta-feira da próxima semana (18/5), mais uma Caminhada pela Luta Antimanicomial. Em Jacobina, a caminhada 2023 sairá da Avenida Orlando Oliveira Pires, em frente à antiga Panificadora Avenida, às 8h. Profissionais e usuários dos CAPS AD e CAPS II e toda a sociedade civil estão convidados.
A atividade visa chamar a atenção da sociedade pela importância do fim dos manicômios. A Luta Antimanicomial teve origem na reforma do Sistema de Saúde Mental, adotada pelo psiquiatra Franco Basaglia, quando foi diretor do Hospital Psiquiátrico de Gorizia. Na Instituição, o psiquiatra presenciou diversos abusos no tratamento de pacientes portadores de transtornos mentais. Por esse motivo, Basaglia resolveu fazer mudanças nas práticas do tratamento dos pacientes. Esse movimento ficou conhecido como “Negação à Psiquiatria”, responsável por dar origem à Luta Antimanicomial atual.
O movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Dentro desta luta está o combate à ideia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, ideia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental. O movimento da Luta Antimanicomial faz lembrar que, como todo cidadão, estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direito a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.
A política dos CAPSs é fruto de um longo processo de luta social que culminou com a reforma psiquiátrica, em 2001. O perfil de cuidado dos CAPSs segue a linha dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem como principal base a universalidade, equidade e integralidade. Esse modelo vem substituindo progressivamente os manicômios, que são norteados por princípios excludentes, opressivos e reducionistas, incentivando o convívio com a família e a comunidade.
Ascom / PMJ
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