A Prefeitura Municipal de Jacobina, e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Rede de Atenção Psicossocial (CAPS AD e CAPS II), realizaram nesta quinta-feira (18/5), mais uma caminhada pelo Dia Nacional da Luta Antimanicomial.
A caminhada 2023 saiu da Avenida Orlando Oliveira (Antiga Panificadora Avenida), no início da manhã. Profissionais e usuários dos CAPS AD e CAPS II e interessados, participaram da caminhada, cerca de 40 pessoas, em manifestação pacífica pelo centro da cidade.
A caminhada teve como objetivo dizer não ao tipo de tratamento oferecido pelos Manicômios, ou seja, evitar a permanência dos pacientes em locais fechados e sem o atendimento profissional adequado.
“Manicômio oprime e separa. Nós estamos aqui para dizer não aos retrocessos na política de saúde mental, no país”, comentou Daniella Cruz, Enfermeira Técnica em Saúde Mental, do CAPS AD.
“Saúde mental não é somente doença, com características de agressividade e violência, por exemplo. Quando falamos de sofrimento mental estamos nos referindo a seres humanos, que precisam de tratamento adequado e também de conviver em sociedade, e principalmente, dentro de um ambiente familiar. O CAPS II e AD existem para promoverem tudo isso”, esclarece Luciana Rios, enfermeira técnica em Saúde Mental do CAPS II.
Sobre o Dia Nacional da Luta Antimanicomial
Iniciado na década de 70 por profissionais de saúde mental e familiares através de denúncias de maus tratos e abusos em manicômios e hospícios. Em 18 de maio de 1987 nasceu a proposta da reforma do sistema psiquiátrico.
Em 06 de abril de 2001 foi sancionada a lei 10.216 de 2001 garantindo o direito das pessoas portadoras de transtornos mentais. Iniciando gradualmente o fechamento dos manicômios. A internação passa a ser somente se o tratamento fora do hospital não for eficaz.
Só em 2002 foi criado o centro de atenção psicossocial – CAPS, um modelo substitutivo do manicômio que tem como objetivo estabelecer o tratamento através de serviço comunitários estimulando o exercício de cidadania, fortalecimento de laços familiares e sociais.
Apesar de todos os avanços, infelizmente o tabu em relação aos cuidados psiquiátricos ainda existem. Ainda há muito o que fazer!
Cuidar da saúde mental das pessoas, perto de suas residências e famílias.
Ascom / PMJ
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