A segurança foi reforçada no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, no domingo (23/4), após um assalto que terminou com dois turistas romenos agredidos. Equipes da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal se distribuíram entre as ruas da região.

No sábado (22/4), os estrangeiros de 30 e 37 anos e reagiram a um assalto. Os dois entraram em luta corporal com a dupla suspeita e acabaram machucados. O celular de um dos turistas foi levado. Já no domingo, o reforço na segurança foi notado por quem passeava no local.

Ainda no domingo, a Polícia Civil informou que um dos suspeitos já havia sido identificado, a partir de imagens de câmeras de vigilância. Segundo o comandante do 18º Batalhão da PM, Agnaldo Ceita, trata-se de um adolescente.

"Esse adolescente foi abordado no Centro Histórico, como se nada tivesse acontecido. Ele próprio nos trouxe a informação que, em companhia da mãe, esteve na Deltur e entregou o aparelho celular ao qual ele havia subtraído do turista romeno. Ele não foi apreendido. Ele entregou o aparelho de maneira voluntária. É importante se frisar que esse é um grave problema, um dos fatores preponderantes, com relação a atos de violência, de furtos e roubos, praticados aqui no Pelourinho, que é a impunidade".

Turistas falam sobre policiamento

No domingo, com a intensificação do policiamento, pessoas que circularam pelo Centro Histórico se consideraram seguras.

“A gente estava comentando entre a gente que, em todo o caminho, a gente encontrou bastante policial. Até o momento, estou me sentindo segura”, disse Jaqueline Pereira, turista de São Paulo. A amiga dela, Suzete da Silva, reiterou o relato.

“A gente está percebendo que tem policial em todas as regiões, o pessoal [patrulha] vai de moto, tem carros [viatura] estacionados. A gente está mais tranquila nesse sentindo”.

Outro turista do estado paulista que também se sentiu seguro no Pelourinho foi João Prada, que viajou em grupo para a capital baiana.

“Estando aqui, deu para ver que tem segurança, que está boa. Não teve nenhuma situação que colocou em risco ninguém do grupo. A gente está em um grupo de 40 executivos e está tudo acontecendo normalmente”.

Quem trabalha no local, como o músico identificado apenas como André, estranhou a movimentação policial e afirmou que trata-se de uma exceção.

“Tem dias que a gente olha e quase não existe policial. E, se tem policial, a gente quase que não vê direito. Hoje está bonito aqui, tem um bocado de viatura, porque aconteceu essa situação com o turista, mas a realidade é dura”, ponderou ele.

Divisão na segurança do Pelourinho

A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal informaram que se dividem no reforço à segurança no local. O major Normando Júnior, do 18º Batalhão da PM, disse que as rondas da corporação são feitas principalmente nas vias principais.

“A Polícia Militar está presente, mas a gente não consegue ser onipresente. Não temos policiamento em todos os becos e vielas, mas nas vias principais e nas principais rotas de acesso, e nos locais onde foi mapeado pelo nosso serviço de inteligência, que são rotas de fuga, nós temos policiamento, sim”, disse ele.

Já o agente André Araújo detalhou que a Guarda Municipal foca nas áreas mais internas do Pelourinho. “Tem umas ruas aqui, por dentro do Pelourinho, que são bastante preocupantes. A gente intensifica mais nessas ruas”, disse ele.

Para o representante Bartolomeu Laranjeira, que costuma circular pelo Centro Histórico, é necessário manter a sensação de segurança no local.

“Eu sei que o policial não pode estar em todo lugar ao mesmo tempo, mas tem que ter circulação de policiamento, motos – que é mais fácil. São muitos becos, muitas vielas aqui, então tem que ter policiamento".

Fonte: g1

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