Em dezembro passado, dois empreiteiros procuraram um grande escritório de advocacia em Brasília e fizeram uma consulta sobre a possibilidade de invalidar os acordos de colaboração premiada que realizaram com a Justiça, ocasião em que confessaram a participação nos crimes em troca de redução das penas.
No início do ano, outros três executivos ligados às empresas pilhadas no escândalo da Petrobras se reuniram em São Paulo com o representante de uma conhecida banca criminal e se disseram arrependidos.
As chances de todos os processos terminarem no ralo existe, mas também existe um risco. Nove anos depois do início da Operação, boa parte dos empreiteiros que colaboraram leva uma vida razoavelmente tranquila, distante dos holofotes.
Para eles, a questão é se vale a pena encampar um movimento que, no limite, trará de volta histórias de um passado ignóbil — as empreiteiras eram agraciadas pelo governo com vultosos contratos da Petrobras e, em troca, pagavam propina aos políticos.
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