O time que entrará em campo diante de Camarões nesta sexta-feira (2/12) será todo formado por reservas, mas nada impede que o bom desempenho de alguns deles não represente a vaga de titular para o restante da Copa do Mundo. Nesta quinta-feira, o técnico Tite ressaltou que “o campo fala” e enalteceu a qualidade do elenco todo, em especial do atacante Rodrygo, cotado para ser substituto de Neymar enquanto o atleta se recupera de lesão no tornozelo direito.
Com a classificação às oitavas já garantida, Tite decidiu mandar um time totalmente reserva para o jogo com Camarões, mas ressaltou que o desempenho da equipe irá se manter. “Temos 26 atletas de altíssimo nível. Quem vai jogar? Aí você pega o Fabinho titular no Liverpool, Ederson titular no City, Martinelli e Jesus titulares no Arsenal. É muita competição, e dou as melhores condições para que eles compitam no mais alto nível”, considerou o treinador.
Ele lembrou das alterações que promoveu no segundo tempo na partida de estreia, diante da Sérvia, e naquela válida pela segunda rodada da Copa do Mundo, que classificou o Brasil para as oitavas. “Eu tive um técnico que falava assim, e, na época, em que eram três substituições: ‘são três que vão entrar em campo para decidir o jogo’. Nestes dois últimos jogos, cinco entraram quando o jogo já estava encaminhado no 2 a 0, e outros quatro entraram para modificar o jogo”, pontuou Tite.
Foi usando esse mesmo contexto que o técnico afirmou que os jogadores que entrarão em campo diante de Camarões poderão almejar definitivamente uma vaga no time. “Eu não sei [quantos deles jogarão as oitavas]”, disse Tite, para depois justificar.
“A referência do jogo é a referência importante. Eu não posso precipitar, o campo fala, a bola fala. Algum de vocês entendia definitivamente que o Rodrygo pudesse ser utilizado quanto foi? A bola fala, o campo fala. Eu tenho que oportunizar, preparar para o atleta, porque eu não sei o quanto será seu desempenho, seu desenvolvimento.”
O técnico avaliou ainda o desempenho do Brasil nos dois primeiros jogos. Ele relativizou o fato de o Brasil passar a maior parte do tempo no campo de ataque e o fato de Alisson não ter sido exigido até aqui – em dois jogos, o goleiro da seleção não precisou fazer uma única defesa.
“Eu vejo como uma equipe equilibrada. Ela mantém uma agressividade constante, e quando não consegue é porque tem, como com a Suíça, uma equipe com capacidade e que neutraliza”, avaliou Tite. “A seleção é uma equipe com equilíbrio, nem muito pra trás, nem muito pra frente. E a gente busca consolidar e evoluir.”
Por CNN Brasil
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