Após sofrer por dois dias enquanto os médicos tentavam fazer com que o parto da gestante G.B.S., 30 anos, ocorresse de maneira natural, mesmo sem condições biológicas para isso, segundo a família, a paciente foi informada de que a demora em decidir pela cesariana não aconteceu por uma questão clínica, mas por falta de material para realizar o procedimento no Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho (HMATS), em Jacobina.

Ao Jacobina Notícias, uma pessoa da família, que preferiu não ter a identidade exposta, contou que a gestante deu entrada no HMATS na última quinta-feira (6/10), acompanhada pela mãe, em trabalho de parto. Segundo relatos da família, depois de mais de 24 horas induzindo ao parto natural, mas sem sucesso, a mãe da gestante passou mal vendo o sofrimento da filha.

Ainda de acordo com a família, que com autorização da paciente detalhou o caso à reportagem, ao questionar os médicos sobre o motivo pelo qual não se apressaram para realizar a cesariana, eles disseram que "não tinha materiais para fazer".

"Minha sogra passou mal de ver a filha dela naquela situação, aí ela pediu para mim ficar no lugar dela. Quando eu vi minha cunhada naquele sofrimento eu fiz uma baixaria naquele hospital, que era para fazer cesariana com urgência pois minha cunhada estava passando mal e minha sogra estava na sala de atendimento, pois ela não estava sentindo bem. As enfermeiras falou para mim que não tinha materiais para fazer cesárea, mas aí eu fui em outra sala e falei com outro doutor, ele falou a mesma coisa (sic)", contou a cunhada, destacando que "os médicos e a equipe não têm culpa de estar faltando materiais no Hospital Teixeira Sobrinho" e que "não tinha agulha nem linha própria, até as roupas não tinha (sic)".

"Chamei ele [médico] para ver a situação da minha cunhada, ele foi comigo quando ele viu a situação da minha cunhada ele viu que ela não tinha rompido a bolsa [amniótica] ele levou logo para sala de cirurgia, aí logo assim ela teve o bebê. Não sei aonde foi que achou esses materiais [ou improvisou], mas graças a Deus primeiramente e a esse doutor, ela teve o bebê, ela tá bem (sic)", concluiu.

À reportagem, ela pediu para mostrar o ocorrido para que "providências sejam tomadas e outras gestantes não enfrentem os mesmos problemas". A mulher contou ainda que passou por situação similar ao da cunhada durante o parto de seu filho na unidade. 

O JN mantém em aberto o espaço em caso de um pronunciamento do HMATS, garantindo sempre o direito de resposta e veiculando o posicionamento dos órgãos e/ou pessoas citadas em nossas reportagens.

Por Robson Guedes / Jacobina Notícias

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