Médicos do Hospital Regional Vicentina Goulart, em Jacobina, receberam a imprensa na tarde desta sexta-feira (28/10), para falar sobre os problemas enfrentados na unidade, do atraso nos salários e explicar a população os motivos pelos quais todos assinaram uma demissão coletiva.
Durante a entrevista ao Jacobina Notícias, os médicos Leandro Oliveira e Heitor Maia rebateram os ataques do prefeito Tiago Dias (PCdoB), que teria chamado os profissionais de "irresponsáveis" e os acusado de estarem "pregando terror". Eles explicaram que estão há três meses sem receber salários, um deles há seis meses. Além disso, não seria a primeira vez que ocorre o atraso, de acordo com os profissionais, o problema é frequente.
Não há nenhuma ação política na nossa decisão, porém alguns são vítimas de perseguição política por parte da gestão municipal.
Eles alertaram para a suspensão dos internamentos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que já não está admitindo nenhum paciente. Uma pessoa estaria internada no Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho (HMATS) em estado grave, precisando de UTI, mas o paciente não pode ser encaminhado porque o médico responsável pela regulação, Dr. Laudenor, foi demitido. Dr. Leandro contou ainda que o aparelho de gasometria da UTI está sem funcionar há 15 dias.
Os médicos se emocionaram ao lembrar das vidas que salvaram e do trabalho em equipe pela saúde de Jacobina desde a reabertura do Hospital Regional, em 2019, sobretudo durante o período da pandemia da Covid-19 quando a unidade passou a ser um centro de referência no tratamento da doença.
Assista a entrevista:
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