Recentemente, a Sports Value realizou e divulgou um estudo relacionado à atuação das operadoras de apostas no cenário esportivo. De acordo com o levantamento, a indústria dos palpites em eventos esportivos passou de US$ 77 bilhões em 2019 para cerca de US$ 131 bilhões em 2021.

A pesquisa ainda demonstra que dos US$ 77 bilhões movimentados pelo setor em 2019, cerca de US$ 34 bilhões estão relacionados a corridas de cachorros, cavalos e outros, enquanto os 43 bilhões restantes foram movimentados por palpites em modalidades mais tradicionais, a exemplo do futebol, que sozinho representa 57% dessa quantia. 

"A pandemia ampliou muito os números e em 2021 o faturamento do setor de 'sports betting' atingiu US$ 131 bilhões e o mercado vai passar dos US$ 200 bilhões em poucos anos”, destacou a Sports Value em seu levantamento.

Além de toda essa quantia, acredita-se que outros US$ 106 bilhões possam ser gerados entre de 2020 até 2025. Sendo que os mercados do Pacífico e Asiático seriam responsáveis por aproximadamente 39% desse total. O estudo ainda aponta que a regulamentação das apostas esportivas nos Estados Unidos colaborou para aumentar o valor dessa indústria e que o setor deve crescer exponencialmente nos próximos anos.
 
Enquanto isso, o Brasil é visto como um dos mercados mais promissores do mundo todo, e especialistas acreditam que com a regulamentação correta o setor dos palpites em eventos esportivos pode ultrapassar com certa facilidade os US$ 3 bilhões transacionados anualmente no país, seguindo assim a tendência que tem sido observada nos Estados Unidos. Além disso, enquanto o governo não regulamenta este mercado, o Brasil tem deixado de lado uma importante fonte de arrecadação de recursos, através de impostos, licenciamento e criação de postos de trabalho. 
 
Vale lembrar, que desde que foi legalizada em 2018, a indústria das apostas esportivas online está entre as alternativas de entretenimento mais populares do país. E tem se tornado cada vez mais comum que os torcedores utilizem um site de apostas que paga na hora para realizar seus palpites nas partidas do seu time do coração ou em uma competição de grande relevância, como a Copa do Mundo e a Libertadores. Uma vez nessas plataformas, o usuário além de ter acesso a bônus e promoções interessantes, pode retirar os seus ganhos rapidamente através de diferentes métodos de saque. 

Tomando conta do marketing esportivo

As operadoras de palpites atualmente são marcas que estampam as camisas de times de futebol de diferentes países do mundo. E esse movimento é visto tanto em países desenvolvidos quanto naqueles ainda em desenvolvimento. No Brasil, por exemplo, as empresas que exploram o setor hoje patrocinam 19 dos 20 times que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro.

De acordo com o estudo da Sports Value, os 20 principais clubes do futebol nacional movimentaram aproximadamente R$ 850 milhões em patrocínio na temporada passada e mais de 25% desse montante advinha das plataformas de palpites. Ainda segundo a Sports Value, o marketing esportivo é responsável por reduzir o CAC (Custo de Aquisição de Clientes). Com isso, essas companhias tendem a criar estratégias criativas e evidenciar o propósito da marca. 

Mas, apesar da atual rentabilidade que o setor dos palpites esportivos promove, alguns países europeus têm buscado limitar a atuação dos patrocínios das companhias que exploram o nicho aos clubes de futebol. Na Premier League, o Campeonato Inglês, tem sido proposto que os clubes que disputam a competição implementem uma proibição voluntária, onde as marcas das empresas de apostas não apareceriam mais no espaço máster dos uniformes. A medida tem como intuito prevenir uma possível proibição estatal.

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