O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) disse nesta quinta-feira (25/8) que “avalia com preocupação” a operação realizada na terça (23) pela Polícia Federal contra oito empresários que teriam, em um grupo de Whatsapp, defendido um golpe caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencesse as eleições.
“Avalio com grande preocupação e eu sempre procuro olhar as coisas com equilíbrio e com severidade da minha formação de professor de direito”, disse Ciro em entrevista à Jovem Pan.
A liberdade é um princípio em uma democracia. Portanto, qualquer constrangimento, qualquer cerceamento da liberdade, só pode ser feito se for amplamente sustentado nos argumentos de fato e de direito que justifiquem a violação dessas liberdades.
Ciro acrescentou que “o princípio é a liberdade”. “Toda e qualquer providência que cerceie isso tem que dizer o porquê. Se eles estavam conspirando para praticar um golpe, aí não tem mais liberdade, aí invadiu. Se eles não cometeram nada, aí estamos diante de uma arbitrariedade”, disse hoje de manhã.
O candidato do PDT também respondeu a um comentário de um jornalista que disse “conhecer vários dos empresários” citados e que eles são “homens de bem”.
“Não é sua nem minha a tarefa de qualificar quem é ou não é cidadão de bem à luz do direito. É se ele comete ou não crime”, respondeu Ciro sobre os empresários.
O candidato apontou ainda a diferença de tratamento dado pela polícia brasileira para a população mais rica e a mais pobre.
“Invadir os direitos da população as nossas autoridades fazem todo dia, quando se trata de pobre. Invadem, chutam porta de casebres nas favelas, espancam crianças e adolescentes por aí. Lamentavelmente, essa é a realidade brasileira. Quando mexe com empresário, com rico, aí causa uma certa comoção”, disse.
Fonte: CNN Brasil
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