A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vão fazer um acompanhamento paralelo às Forças Armadas e ao Ministério da Justiça durante as eleições. As duas entidades foram convidadas pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Édson Fachin, e já indicaram representantes.

A OAB indicou o gerente de tecnologia da informação da entidade, Rodrigo Lemgruber, e o CNJ escolheu o juiz auxiliar João Moreira. Com a adesão desses dois novos atores, o TSE ganha apoio para não deixar a vigilância das eleições só com militares, a pasta da Justiça e o PL, partido de Bolsonaro, que vem lançando suspeitas infundadas sobre a segurança das urnas eletrônicas. 

Eles vão acompanhar todas as etapas do processo de votação, como mostram dois ofícios obtidos com exclusividade pela colunista Malu Gaspas, do jornal O Globo. Uma resolução do TSE, de 2021, prevê que a Polícia Federal, o STF, o Congresso, o CNJ, a Controladoria-Geral da União (CGU), empresas privadas brasileiras “com notória atuação em fiscalização e transparência da gestão pública” e outras instituições podem inspecionar o processo eleitoral.

Em 21 de junho, Fachin enviou um ofício para todas as entidades que são consideradas legítimas pelo próprio TSE para participar da fiscalização. No mesmo despacho, o ministro deu 15 dias para que elas informem ao tribunal se têm interesse de participar do supervisionamento das eleições. O prazo termina nesta quinta-feira.

Fonte: A Tarde

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